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Caso Bruno

MG: defesa de Bruno desconfia que Bruninho seja filho de corintiano

Com exame de DNA, advogado pretende verificar suspeita que menino seja filho do lateral Fábio Santos; jogador nega relação com Eliza

13 jun 2013 - 18h51
(atualizado às 18h56)
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<p>Bruno assumiu a paternidade de filho de Eliza Samudio sem fazer exame de DNA</p>
Bruno assumiu a paternidade de filho de Eliza Samudio sem fazer exame de DNA
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

Mesmo após assumir a paternidade de Bruninho, fruto de um relacionamento com a ex-amante Eliza Samudio, a defesa do goleiro Bruno Fernandes afirmou que pretende pedir teste de DNA para comprovar que a criança realmente seja filho do ex-capitão do Flamengo. Segundo Lúcio Adolfo, advogado do goleiro, a suspeita é que o garoto seja filho de Fábio Santos, lateral esquerdo do Corinthians.

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"Existe uma informação disso (que o garoto não seria filho de Bruno). Então vou fazer o pedido afirmando que Bruno tomou o conhecimento através de outras pessoas que o filho pode não ser dele", afirmou Adolfo.

Ainda de acordo com o advogado do atleta, o pedido de exame será feito no Rio de Janeiro, onde existe um processo sobre o assunto. O material genético do goleiro até foi colhido, porém, o exame não foi feito, pois ele decidiu assumir a paternidade de maneira espontânea.

De acordo com Adolfo, se for comprovado que Bruninho não é filho do goleiro, a sentença pode ter alguma alteração. "No crime não terá reviravolta, mas na sentença vai. Levou muito em consideração na hora de dar a sentença esse motivo", afirmou. Segundo o defensor, um dos motivos apontados pela acusação é de que Bruno não queria reconhecer a paternidade da criança, e por isso mandou matar a modelo.

O boato surgiu após a avó do garoto, Sônia de Fátima, que cuida da criança, postar uma foto dele na internet. Depois disso, uma jornalista de São Paulo fez comparações. "Ao olhar a foto, ela disse que o garoto não parece com Bruno", disse.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Fábio Santos assumiu que conhecia Eliza Samudio, pois ela visitava sempre o CT do São Paulo, onde o lateral jogou de 2003 a 2007. No entanto, ele afirmou que apenas conversou com a modelo e nunca encontrou com ela em festas.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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