O quarto dia de julgamento do ex-policial civil, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, começou por volta das 9h20 desta quinta-feira no Fórum de Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. O réu é acusado de matar, esquartejar e sumir com o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, condenado a 22 anos e três meses de prisão no dia 8 de março.
Os trabalhos recomeçaram com a sequência do depoimento do ex-delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações do início do caso. Ontem, Moreira falou por cinco horas seguidas e explicou vários pontos da investigação. O depoimento foi interrompido por conta de um pedido do advogado de Bola, Ércio Quaresma, que alegou cansaço.
Em conversa na porta do Fórum nesta quinta-feira, outro advogado de defesa, Américo Leal, disse que a contestação em cima das investigações em torno do caso Eliza Samudio só está começando. Ele garantiu ainda que muitas surpresas ainda acontecerão.
“Está tudo no começo ainda. Vamos mostrar muita coisa que ninguém sabe. A fase de desconstrução só está começando. Vocês ainda terão muitas novidades para acompanhar”, afirmou.
Após o depoimento de Edson Moreira, algumas peças do processo serão exibidas, algo que, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não tem tempo para terminar. Depois dessa etapa deverá começar o interrogatório de Marcos Aparecido dos Santos. A previsão é que o julgamento seja encerrado amanhã.
22 de abril - Populares protestam em frente ao Fórum antes do início do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado da morte de Eliza Samudio
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
22 de abril - José Arteiro, assistente de acusação, chega para o julgamento de Bola no Fórum de Contagem (MG)
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
22 de abril - Delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações na época do crime, chega para acompanhar o julgamento de Bola
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
22 de abril - Julgamento de Bola começou por volta das 9h30 desta segunda-feira no Fórum de Contagem
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Juíza Marixa Fabiane negou o pedido de adiamento do julgamento feito pela defesa
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Ex-policial é acusado de matar, esquartejar e ocultar o corpo da modelo Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Promotor Henry Vasconcelos durante julgamento de Bola
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Ex-policial Bola durante o primeiro dia de seu julgamento no Fórum de Contagem, em Minas Gerais
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Enquanto ocorria o sorteio dos jurados, Bola aguardava com as mãos no rosto no plenário do Fórum
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Ex-policial Bola chorou no primeiro dia de seu julgamento
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Ex-policial nega envolvimento no desaparecimento e na morte de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Ex-policial Bola se manteve com semblante fechado durante o primeiro dia de julgamento
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Delegada Ana Maria, de costas, durante o seu depoimento nesta segunda-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
22 de abril - Segundo a defesa, Bola está sendo vítima de uma vingança do delegado Edson Moreira, com quem tem uma rixa
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Bola mantém o semblante fechado no segundo dia de seu julgamento no Fórum de Contagem (MG)
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Antes do início dos trabalhos do dia, Bola conversa com sua defesa dentro do plenário
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Advogados que defendem Bola conversam no plenário antes do início da sessão desta terça-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Bola acompanhou no segundo dia do julgamento parte do depoimento de seu ex-colega de cela, Jaílson Alves de Oliveira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Bola se mantém sério no plenário do Fórum de Contagem (MG)
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Promotor Henry Vasconcelos no segundo dia de julgamento de Bola
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Sentado de costas, de vermelho, Jaílson Alves de Oliveira, ex-colega de cela do réu, é questionado pelo assistente de acusação, José Arteiro
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Advogados de Bola também fizeram perguntas a Jaílson nesta terça-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril - Promotor Henry Vasconcelos faz questionamentos a Jaílson, ex-colega de cela de Bola
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
23 de abril Bola observa o deputado enquanto ele depõe
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
23 de abril O deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) fala como testemunha no julgamento de Bola. O parlamentar é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
24 de abril - Julgamento do ex-policial Bola chega no terceiro dia no Fórum de Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Sessão nesta quarta-feira começou por volta das 9h30
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Jornalista José Cleves da Silva foi o primeiro a ser ouvido, testemunha arrolada pela defesa do réu
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Na década pássada, Cleves foi indiciado pela polícia pela morte da ex-mulher, assassinada a tiros, mas absolvido na Justiça
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - O delegado que investigou Cleves foi Edson Moreira, também chefe das investigações do caso Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - A intenção dos 12 advogados de Bola é mostrar os erros e maldades do Edson Moreira nas duas investigações"
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Bola é acusado pela morte e sumiço do corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Bola permaneceu no plenário durante depoimento do jornalista José Cleves
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril - Julgamento do ex-policial Bola deve seguir até a próxima sexta-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
24 de abril O delegado Edson Moreira depõe no julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
25 de abril - Julgamento do ex-policial Bola - acusado de matar, esquartejar e sumir com o corpo de Eliza Samudio - chega no quarto dia no Fórum de Contagem (MG)
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Réu entrou no plenário do Fórum de Contagem (MG) por volta das 9h desta quinta-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Defesa de Bola antes do início da sessão desta quinta-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Assim como nos dias anteriores, Bola se manteve com semblante fechado no plenário
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - No início da sessão desta quinta-feira, delegado Edson Moreira prosseguiu com o seu depoimento, iniciado ainda ontem
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Delegado Edson Moreira foi o responsável por comandar as investigações na época do desaparecimento de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Depoimento de Moreira prosseguiu nesta quinta-feira por conta de um pedido do advogado de Bola, Ércio Quaresma, que alegou cansaço na sessão de ontem
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
25 de abril - Expectativa agora é pelo depoimento do ex-policial Bola
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação
26 de abril - O quinto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, foi reservado para a leitura de peças do processo
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
26 de abril - O quinto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, foi reservado para a leitura de peças do processo
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
26 de abril - O quinto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, foi reservado para a leitura de peças do processo
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
26 de abril - O quinto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, foi reservado para a leitura de peças do processo
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
26 de abril - O quinto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, foi reservado para a leitura de peças do processo
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
27 de abril - No sexto e última dia do julgamento, Bola foi condenado a 22 de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
Compartilhar
Publicidade
O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.
No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.
No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.
Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.
No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.