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Caso Bruno

MG: vereador, delegado é homenageado após condenação de Bruno

O vereador de Belo Horizonte e delegado Edson Moreira (PTN), presidente do inquérito que investigou a morte de Eliza Samudio, disse que ficou satisfeito com a condenação do goleiro

8 mar 2013 - 19h53
(atualizado às 19h53)
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<p>O goleiro Bruno durante seu julgamento no Fórum de Contagem</p>
O goleiro Bruno durante seu julgamento no Fórum de Contagem
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação

O vereador de Belo Horizonte e delegado Edson Moreira (PTN), presidente do inquérito que investigou a morte de Eliza Samudio, disse que ficou satisfeito com a condenação do goleiro Bruno Fernandes, na madrugada desta sexta-feira, no Fórum de Contagem, região metropolitana. Depois de cinco dias de julgamento, o réu foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte, sequestro e ocultação de cadáver da ex-modelo.

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Depois da repercussão do caso Bruno, como ficou conhecido, Moreira ganhou destaque na mídia e se candidatou para as eleições municipais de 2012. O delegado foi eleito como um dos vereadores mais votados. Na manhã desta sexta-feira, ele foi parabenizado pelos colegas na Câmara dos Vereadores pela investigação feita no caso. "Estou recebendo vários agradecimentos pelo trabalho feito no caso", disse.

De acordo com Moreira, a condenação de Bruno provou que a linha de investigação da Polícia Civil estava correta. "Eu acho que os jurados entenderam que a investigação estava certa. Inclusive a defesa do Bruno. Eu achei o julgamento muito bom. Isso mostrou que estávamos na linha certa", contou.

Moreira considerou a pena concedida ao atleta satisfatória. Contudo, para ele, a lei de execução penal é muito branda no País. "A pena esta num patamar razoável. O que atrapalha é a lei de execução penal que temos. Ela tem que ser mudada. Não pode a pessoa que comete um crime hediondo sair depois de poucos anos cumprindo apenas um terço da pena", alertou.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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