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Caso Bruno

Ossada encontrada no interior de MG não é de Eliza, aponta laudo

Restos mortais encontrados a 100 km de BH apresentavam semelhanças com a ex-amante de Bruno e foram submetidos a exame de DNA

11 abr 2013 - 19h08
(atualizado às 19h13)
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<p>Bruno foi condenado a 22 anos e tr&ecirc;s meses de pris&atilde;o pela morte de Eliza</p>
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quinta-feira que a ossada encontrada em Nova Serrana, município localizado a 100 quilômetros de Belo Horizonte, não é de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes desaparecida desde 2010. O laudo do Instituto de Criminalística não apontou relação entre os restos mortais encontrados com as amostras genéticas da modelo e de seu filho.

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A ossada de mulher foi encontrada no fim de janeiro, sem alguns ossos e sem um braço. O crânio da vítima também estava com a lateral afundada, o que seria compatível com a descrição feita da execução de Eliza. De acordo com o delegado de Homicídios de Nova Serrana, Rodrigo Noronha, o fato que ligaria a ossada ao caso seria de que, na época em que Eliza desapareceu, a ex-mulher de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, morava na cidade. Em novembro de 2012, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão pela morte da modelo.

O delegado destacava ainda que a arcada da ossada "é muito perfeita para as mulheres da região". "Não é o tipo de dentição das vítimas de homicídio daqui", disse, segundo a Polícia Civil.

Os restos mortais, que também apresentavam marcas de tiros, estavam parcialmente enterrados. Segundo Noronha, o corpo teria sido enterrado, mas com as chuvas seguidas que atingem a região, ele foi provavelmente descoberto. Ainda não há informações sobre a identidade da vítima, que teria aproximadamente 1,70 metro, altura compatível à de Eliza.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Terra
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