Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Caso Bruno

Para defesa, Bruno confessou participação e terá pena reduzida

"Entendo que a postura do Bruno no depoimento vai dar ao processo o mesmo encaminhamento do julgamento do Macarrão", disse o advogado Lúcio Adolfo

6 mar 2013 - 22h09
(atualizado às 22h26)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Bruno chorou por diversas vezes durante seu depoimento</p>
Bruno chorou por diversas vezes durante seu depoimento
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação

A defesa do goleiro Bruno, que é julgado no fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), pela morte da ex-modelo Eliza Samudio, trabalha com o cenário de que o atleta confessou sua participação no crime, e que, com isso, terá redução de pena, a exemplo do que ocorreu no julgamento de Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Em depoimento na tarde desta quarta-feira, Bruno admitiu ter tomado conhecimento de que Eliza tinha sido morta por Macarrão, mas negou que tivesse ordenado o assassinato de sua ex-amante.

"Entendo que a postura do Bruno no depoimento vai dar ao processo o mesmo encaminhamento do julgamento do Macarrão. Ele confessa participação, mas de forma diferenciada do que foi apresentado na denúncia", afirmou.

Adolfo disse que, nos debates, vai buscar desqualificar a acusação de crime hediondo, tentando fazer com que Bruno seja enquadrado, no máximo, em homicídio simples. No caso de homicídio qualificado, Bruno poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão. Se for condenado por ter cometido homicídio simples, terá pena de 6 a 20 anos de prisão. Ele ainda é acusado de ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado.

"Daí, ele poderia cumprir um sexto da pena para ter direito a progressão para o regime semi-aberto", observou o advogado do jogador.

É possível que o réu minta, diz advogado de Bruno:

No depoimento desta quarta-feira, Bruno incriminou Macarrão e o ex-policial civil Marcos Aparecido, conhecido como Bola. Segundo Adolfo, o goleiro não havia revelado isso antes porque temia represálias a seus familiares por pessoas ligadas a Bola.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

Conheça as acusações e penas máximas possíveis contra os réus

Réu Acusações Pena máxima
Bruno Homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio 41 anos
Dayanne Sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio 5 anos
 

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade