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Polícia

Caso Friboi: confuso, filho mais velho 'trava' ao depor em defesa da mãe

Advogado de defesa da ré Giselma Magalhães, Ademar Gomes, disse que o rapaz não soube se expressar: "ele travou por completo"

25 set 2013 - 22h57
(atualizado às 22h59)
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Giselma Magalhães é acusada de planejar a morte do ex-marido
Giselma Magalhães é acusada de planejar a morte do ex-marido
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

O depoimento de Marcus Vinícius Campos de Magalhães, 25 anos, filho do ex-diretor da Friboi Humberto Campos de Magalhães, assassinado em dezembro de 2008, foi bastante confuso. Nervoso, o garoto se atrapalhou por várias vezes durante a audiência e foi advertido pela juíza de que a sua fala era inaudível para os jurados. O próprio advogado de defesa, Ademar Gomes, o criticou ao final: "ele estava tenso, nervoso, travou por completo. Não posso aceitar isso de um estudante de Direito. (Ele) prejudicou muito a defesa. O filho não soube defender a mãe", disse ele.

A intenção de Humberto era defender a sua mãe. Antes, seu irmão mais novo, Carlos Eduardo Campos de Magalhães, fez um depoimento contundente contra Giselma Campos Magalhães, acusada de ser a mentora intelectual do crime. O irmão dela, Kairon Vaufer Alves, também responde pelo crime. Ele teria sido contratado pela irmã para contratar o assassino. O executor já foi condenado em outra ocasião e cumpre pena no sistema penitenciário paulista.

Segundo Ademar Gomes, ninguém conseguiu entender o que a testemunha falou. "Não é a postura de um aluno de Direito. Ele não conseguia falar. O outro falou muito bem. Se quiser ser advogado, tem de ter uma boa dicção", disse ele.

Mais cedo, Carlos Eduardo Campos Magalhães, 22 anos, filho mais novo do casal, acusou a sua mãe de ser a mandante da morte de seu pai. O filho disse, inclusive, que a mãe tentou incriminá-lo pela morte. "Ela não se importou com o que eu iria sofrer. Não chamo de mãe uma pessoa que tem uma atitude dessas", disse ele. Durante todo o depoimento, ele se referiu à mãe apenas como Giselma.

"Eu não tenho ódio por ela. Meu pai foi a melhor coisa da minha vida. Tudo na minha vida eu devo ao meu pai. Ela não tinha o direito de fazer isso com ele. A única coisa que eu gostaria é que ela se desculpasse de alguma forma."

Carlos Eduardo descreveu a mãe como possessiva e que desde quando ele era criança, o relacionamento do casal nunca foi bom. "Ela vivia ligando para a empresa, para a portaria, para saber a que horas ele tinha entrado, a que horas havia saído. Muitas vezes, quando eu era pequeno, ela pedia para que eu ligasse também perguntando dele. E isso sempre foi motivo de discussão entre eles."

O rapaz conta que o pai tentou a separação de forma não litigiosa, mas que acabou morto antes de consegui-la. "Ele dizia que era um processo desgastante. Mas mesmo não morando mais lá (em casa), ele prosseguiu pagando as contas da casa. Ele não queria atrito com a Giselma."

Carlos Eduardo conta que, enquanto Giselma esteve presa - por um ano e meio -, chegou a visitá-la, por precisar de algumas assinaturas para poder dar andamento ao inventário dos bens do pai. "Meu irmão não demonstrava nenhum interesse nisso. Quando eu ia lá, deixava bem claro que não queria afeto, que ela não deveria me abraçar, nem encostar em mim. Não queria nenhuma relação de carinho, porque ele não existia. Eu já sabia que ela era a mandante do crime."

Ele prossegue: "meu pai era meu único amigo. Foi pai e mãe na minha vida. Era tudo o que eu tinha. Foi um processo muito difícil. Meu papel é defender meu pai. Ele tinha uma família que amava muito ele. Eu quero ser o melhor filho possível hoje", afirmou.

Como foi o assassinato

Na noite do crime, Magalhães havia saído com seu Mercedes-Benz até a rua Alfenas, próximo à sua casa, após receber um telefonema - do telefone celular de seu filho - dizendo que ele teria passado mal e estaria ali. Um morador do local, em depoimento à polícia, disse que o executivo tocou a campainha de sua casa várias vezes. Quando atendeu, Magalhães contou a ele que tinha recebido uma ligação dizendo que seu filho estaria ali e havia uma criança chorando naquela casa - o que, segundo a polícia, seria uma espécie de senha combinada previamente com alguém.

O morador, que nada tinha a ver com o combinado, disse que não havia nenhuma criança chorando no local. Depois, observou o executivo caminhar até o carro, onde um motoqueiro o esperava. Após uma breve conversa com Magalhães, o motoqueiro atirou nele e fugiu. Na época, a polícia disse que a senha poderia ter sido uma armadilha dos bandidos para checar se a vítima estava com proteção policial.

O 5º Tribunal do Júri de São Paulo condenou Paulo dos Santos e Osmar Gonzaga Lima à pena de 20 anos de prisão em regime fechado.

Fonte: Terra
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