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Polícia

Caso Friboi: investigador diz que ex-mulher escolheu local de execução

Crime, cometido em 2008, ocorreu após a vítima ter sido atraída para o local com a justificativa de que um de seus filhos havia passado mal

25 set 2013 - 16h15
(atualizado às 16h43)
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Mãe e irmãos de Humberto Magalhães chegam ao Fórum Criminal da Barra Funda, para o segundo dia do julgamento da ex-mulher da vítima
Mãe e irmãos de Humberto Magalhães chegam ao Fórum Criminal da Barra Funda, para o segundo dia do julgamento da ex-mulher da vítima
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

Durante um depoimento de três horas, o investigador da Polícia Civil de São Paulo, Ricardo Canuto Scabar, afirmou que o local escolhido para a emboscada que terminou com a morte do diretor da Friboi Humberto de Campos Magalhães, em dezembro de 2008, na capital paulista, foi escolhido por sua ex-mulher, Giselma Magalhães. O crime foi encomendado para o irmão dela, Kairon Vaufer Alves, que por sua vez contratou o executor, de acordo com a investigação policial e a tese da acusação.

"Giselma escolheu o local. O crime foi premeditado e, para atrair a vítima até lá, ela passou o aparelho celular do filho para os criminosos", disse ele. De acordo com a investigação, o crime foi cometido basicamente por ciúmes. À época da morte, Magalhães vivia com outra mulher e havia deixado Giselma cerca de um ano antes.

Como foi o assassinato

Na noite do crime, Magalhães havia saído com seu Mercedes-Benz até a rua Alfenas, próximo à sua casa, após receber um telefonema - do telefone celular de seu filho - dizendo que ele teria passado mal e estaria ali. Um morador do local, em depoimento à polícia, disse que o executivo tocou a campainha de sua casa várias vezes. Quando atendeu, Magalhães contou a ele que tinha recebido uma ligação dizendo que seu filho estaria ali e havia uma criança chorando naquela casa - o que, segundo a polícia, seria uma espécie de senha combinada previamente com alguém.

O morador, que nada tinha a ver com o combinado, disse que não havia nenhuma criança chorando no local. Depois, observou o executivo caminhar até o carro, onde um motoqueiro o esperava. Após uma breve conversa com Magalhães, o motoqueiro atirou nele e fugiu. Na época, a polícia disse que a senha poderia ter sido uma armadilha dos bandidos para checar se a vítima estava com proteção policial.

O 5º Tribunal do Júri de São Paulo condenou Paulo dos Santos e Osmar Gonzaga Lima à pena de 20 anos de prisão em regime fechado. 

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Fonte: Terra
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