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Polícia

Caso Marielle: investigada por envolvimento, esposa de Suel é um dos alvos de operação da PF

Aline Siqueira de Oliveira, esposa de Maxwell Correa, que está preso, foi alvo de mandado de busca e apreensão

4 ago 2023 - 15h32
(atualizado às 16h57)
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Foto: Reprodução: O Globo

Uma das pessoas investigadas na ação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público, que ocorreu nesta sexta-feira, 4, no Rio de Janeiro, é Aline Siqueira de Oliveira, de 41 anos, esposa do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel. Após tomar conhecimento da operação, Aline compareceu à Superintendência da Polícia Federal, localizada na Praça Mauá, região central da cidade, acompanhada por sua advogada.

As informações são do jornal O Globo. Segundo a publicação, Aline está entre as três mulheres sob investigação por suposto envolvimento no caso relacionado à execução de Marielle Franco, que resultou também na morte de seu motorista, Anderson Gomes. Além dela, fazem parte da lista de investigadas Elaine Pereira Figueiredo Lessa e Alessandra da Silva Farizote.

Segundo investigadores, Aline teria se encontrado com Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa na noite do crime, logo após as execuções. E, mesmo sem emprego formal há mais de sete anos, sua conta bancária apresenta uma movimentação financeira significativa. 

De acordo com relatório da Polícia Federal, Aline é apontada como uma possível envolvida na "lavagem de dinheiro de recursos ilícitos obtidas por seu marido". Ela foi alvo de um mandado de busca e apreensão contra Aline.

A ação desta sexta teve como alvos pessoas associadas a um esquema de gatonet, que se acredita ter sido operado por Maxwell após sua primeira detenção em 2020.

Movimentação financeira atípica

Um veículo Land Rover registrado em seu nome foi avaliado em mais de R$ 160 mil. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) destacou que chamou a atenção a transferência de R$ 213 mil realizada por Aline entre setembro do ano passado e fevereiro deste ano, destinada à aquisição do automóvel.

O montante ultrapassou a avaliação devido ao fato de o veículo ser blindado. A quantia foi transferida para uma empresa especializada em leilões.

No relatório, o órgão destaca que Aline não possui "capacidade financeira para fazer um pagamento de valor expressivo como este". O documento também indica que o último emprego de Aline foi em novembro de 2015, quando trabalhou em uma loja de calçados, recebendo uma média salarial de R$ 2.385.

No relatório, o Coaf sublinha ainda que Aline recebeu mais de R$ 56 mil através de várias transferências realizadas por Suel entre março de 2019 e outubro de 2021. Desde junho de 2020, ela atua como procuradora do marido e teria a responsabilidade de lidar com suas questões financeiras.

Segundo as investigações da PF, Suel assumiu a gestão das atividades ilícitas de Lessa após a sua prisão. Ambos faziam parte de uma milícia em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, onde lucravam com o serviço de gatonet. Esses detalhes foram revelados por Élcio de Queiroz em sua delação à Polícia Federal.

Fonte: Redação Terra
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