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Polícia

Caso Marielle: suspeitos têm prisão decretada, diz jornal

Ordens foram expedidas por envolvimento deles em outra morte, cometida em novembro de 2015. Testemunha ligou nomes de William da Silva Sant'ana e Renato dos Santos ao assassinato da vereadora

26 jul 2018 - 21h53
(atualizado às 22h03)
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Mais dois suspeitos de estarem no carro de onde partiram os tiros que mataram a vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio nesta quinta-feira (26), segundo o jornal O Globo. As ordens de prisão, no entanto, não foram expedidas por envolvimento com a morte de Marielle e Anderson, mas por um assassinato em novembro de 2015. Até as 21 horas, ninguém foi preso.

Segundo o jornal, a ligação entre William da Silva Sant'Anna e Renato dos Santos, réus pelo homicídio de 2015, e a morte de Marielle é o depoimento de uma suposta testemunha, que diz ter ouvido conversa em que o miliciano Orlando Araújo, o Orlando Curicica, e o vereador Marcello Siciliano (PHS) discutiam plano para matar Marielle.

Foto: Fala! Universidades

A testemunha também atuava como miliciano, até 2015, em um grupo rival de Curicica - por isso, integrantes do Ministério Público suspeitam que a acusação de participação no caso Marielle pode ser só um acerto de contas entre as quadrilhas.

Segundo a Delegacia de Homicídios da capital, Curicica teria ordenado a morte do rival, Rafael Freitas Pacheco da Silva, o Leão, em 10 de novembro de 2015, em uma emboscada. Também ameaçado de morte, o sócio da vítima passou a trabalhar para Curicica e por isso, segundo afirmou à polícia, teria tomado conhecimento de detalhes dos crimes dessa milícia. Neste ano, já fora da quadrilha de Curicica, o rapaz decidiu contar à polícia sua versão sobre os crimes, inclusive apontando Curicica e Siciliano como responsáveis pelo plano de matar Marielle. Tanto Curicica como o vereador negam envolvimento.

Prisões

Na terça, outras duas pessoas apontadas pela mesma testemunha como envolvidas na morte de Marielle foram presas no Rio - assim como no caso desta quinta-feira, tiveram a prisão decretada por outro crime.

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