Caso Yoki: Elize vai a júri popular por matar e esquartejar Matsunaga
A Justiça de São Paulo determinou que Elize Araújo Kitano Matsunaga, acusada de homicídio triplamente qualificado por matar seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, esquartejá-lo e ocultar seu corpo em uma mala, será submetida a julgamento por júri popular. A data do julgamento ainda não foi definida.
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Segundo a decisão do juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da Capital, as provas do processo mostram que Elize teria agido por motivo torpe, atirando no marido por vingança por conta de uma traição, evitando assim que a amante do empresário fosse a causa da separação e lhe causasse prejuízos sociais e materiais. Ainda de acordo com a decisão, a acusada queria ficar com o valor do seguro de vida da vítima e administrar os bens a serem herdados pela única filha do casal.
Ainda de acordo com a decisão, as provas, em tese, apontariam para a possibilidade de Elize ter agido de forma cruel, começando a esquartejar o empresário anda vivo com asfixia respiratória por sangue aspirado.
Justiça mantém prisão preventiva de Elize
No último dia 6 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão preventiva de Elize. O STJ negou pedido de habeas-corpus impetrado contra acórdão proferido pela 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Empresário é esquartejado
Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha. No dia 19 de junho, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva da acusada.