CE: polícia faz falso 'coffee break' para prender policial penal suspeito de entregar celulares a detentos
José Ramony Costa teve a prisão em flagrante convertida em preventiva; celulares e R$ 40 mil em imóveis foram encontrados
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-sok48ol3br6u.jpg "José Ramony foi preso em flagrante e teve a prisão convertida para preventiva.")
A polícia prendeu o policial penal José Ramony Emanuel de Melo Costa, ex-diretor de presídios, sob suspeita de facilitar a entrada de celulares para detentos em Fortaleza, Ceará. A captura foi arquitetada na quinta-feira, 31, com um falso 'coffee break' em um presídio, para o qual Ramony havia sido convidado.
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Durante o intervalo do encontro, ele foi levado para a sala da direção, onde recebeu voz de prisão. Em audiência na sexta-feira, 1°, sua prisão temporária foi convertida em preventiva, e Ramony alegou que fora ao local para participar de uma inauguração no presídio.
Na operação, foram apreendidos diversos celulares, mais de R$ 40 mil em espécie e um carro de luxo. Durante a audiência, Ramony negou envolvimento com os crimes e justificou que o dinheiro seria usado para o conserto de seu veículo. No entanto, o juiz considerou suspeitas as quantias encontradas e o acesso privilegiado que o policial tinha às unidades prisionais.
-1h7tqgmjc8lyw.jpg "Foram apreendidos celulares, dinheiro em espécie e outros itens em endereço do policial")
Entre os locais onde o dinheiro foi encontrado, estavam o carro e a residência de Ramony, onde a polícia achou valores distribuídos em várias partes da casa, totalizando mais de R$ 40 mil. O policial está sendo investigado por corrupção passiva e associação criminosa.
Ramony começou na Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização em 2021 e chegou a ocupar cargos importantes, incluindo a diretoria de três unidades prisionais. Ele recentemente foi exonerado do cargo de diretor da Unidade Prisional Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima.
Ramony também é ativo nas redes sociais, onde compartilhava sua rotina de trabalho e viagens internacionais. No entanto, após a prisão, ele desativou seu perfil, que contava com mais de 20 mil seguidores.
O Terra entrou em contato com a Polícia Civil e com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
