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Polícia

Chacina em SP: médica de menino adia depoimento por problemas pessoais

Pneumologista que tratava do menino acusado de matar a família e cometer suicídio deve depor na quinta-feira

20 ago 2013 - 11h40
(atualizado às 11h51)
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<p>A PM Andreia Regina Bovo Pesseghini em foto com o filho, Marcelo Eduardo</p>
A PM Andreia Regina Bovo Pesseghini em foto com o filho, Marcelo Eduardo
Foto: Facebook / Reprodução

A pneumologista Neiva Damasceno, que tratava do estudante Marcelo Bovo Pesseghini, 13 anos, teve seu depoimento à Polícia Civil de São Paulo adiado nesta terça-feira. A médica, que é chefe do Ambulatório de Fibrose Cística da Santa Casa de São Paulo, disse que não poderia ir ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) às 10h de hoje devido a problemas pessoais.  O depoimento de Neiva foi remarcado para a próxima quinta-feira

O relato da médica deve ajudar a polícia a traçar um perfil de Marcelo, que é apontado como o principal suspeito de ter matado os pais, os policiais militares Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, além da avó, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e da tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos. Segundo a polícia, o garoto teria cometido suicídio. A chacina ocorreu no dia 5 de agosto, na vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.

Marcelo tinha fibrose cística, uma doença degenerativa hereditária que compromete o funcionamento das glândulas. A condição do garoto fazia com que as glândulas produzissem substâncias, como o muco, mais espessas e de difícil eliminação, o que contribuía no acúmulo de bactérias, por exemplo.

Três colegas de sala de aula de Marcelo devem depor nesta terça-feira - um antes do meio-dia e outros dois durante a tarde. Até ontem, 31 pessoas já haviam sido ouvidas, na tentativa de traçar um perfil da família e, principalmente de Marcelo. 

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.

A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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