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Polícia

Chacina em SP: polícia quer saber de professores se menino era canhoto

Arma foi encontrada na mão esquerda do adolescente de 13 anos; familiares dizem que ele era destro

6 ago 2013 - 11h40
(atualizado às 21h12)
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A Polícia Civil de São Paulo investiga se Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos - encontrado morto em casa na segunda-feira junto com os pais e outros dois parentes -, era canhoto. Na mão esquerda do menino e sob o seu corpo havia uma pistola de calibre 40. A polícia não descarta que o garoto tenha executado os familiares e depois se suicidado. 

Luis Marcelo Pesseghini - sargento da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) -, 40 anos, sua mulher Andreia Regina Bovo Pesseghini - cabo da PM -, 35 anos, o filho deles, Marcelo Eduardo, foram encontrados mortos a tiros na sala da casa, na rua Dom Sebastião, na Brasilândia, zona norte da capital paulista. Em um imóvel anexo, no mesmo terreno, estavam Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, mãe de Andreia, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, irmã de Benedita. As mulheres foram achadas mortas em camas diferentes, mas no mesmo quarto.

A arma era herança do avô materno do garoto, que também foi policial. Durante a madrugada desta terça-feira foram ouvidos familiares e amigos das vítimas. Marcelo sofria de fibrose pulmonar em estágio grave. Um tio do menino disse que ele é destro, mas por análise de foto no Facebook, a polícia alega que era canhoto. Por isso, pretendem ouvir os professores de Marcelo para tirar a dúvida. A intenção é esclarecer o crime até o fim do dia. 

Outro ponto que causou estranheza à polícia é o fato de o menino ter ido à escola ontem. Um exame preliminar no local indica que a família teria sido morta entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. O carro de Andreia, um Corsa Classic, não estava na garagem, e foi encontrado mais tarde na rua Professor João Machado, na Freguesia do Ó, a 60 metros da escola onde Marcelo estudava.

Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). A perícia vai fazer exame toxicológico para saber se as vítimas estavam sob efeito de algum medicamento. Também foi solicitada balística para definir o perfil do atirador. Os corpos também passarão por teste de detecção de vestígios de pólvora na mão, mas o exame não é considerado 100% eficaz.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo

Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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