Chacina no DF: 5º suspeito por morte de família é preso pela polícia

O quinto suspeito de participar do assassinato de 10 pessoas da mesma família no Distrito Federal foi preso pela Polícia Civil (PCDF) na madrugada desta quinta-feira, 26. Carlos Henrique Alves da Silva, de 25 anos, é conhecido como Galego e foi detido no Itapoã (DF).

"De acordo com a investigação, o suspeito teria participado da associação criminosa que praticou os crimes de extorsão mediante sequestro, agravada pelo resultado morte, ocultação de cadáver e corrupção de menores", informou a polícia ao Terra.

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O homem, segundo a Polícia Civil, é suspeito de ajudar a sequestrar uma das vítimas, Thiago Gabriel Belchior, que é o marido da cabeleireira Elizamar. Outros quatro homens também já foram presos por suspeita de envolvimento no caso, são eles: 

• Gideon Batista de Menezes
• Horácio Carlos Ferreira Barbosa
• Fabrício Silva Canhedo
• Carlomam dos Santos Nogueira

Um adolescente de 17 anos também é investigado por atuação no crime. Ele foi identificado após a Polícia Militar receber informações e apreendê-lo. Inicialmente, o rapaz foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA I), que será responsável por apurar o envolvimente dele nos assassinatos por meio de Procedimento de Apuração de Ato Infracional (PAAI).

O adolescente também foi ouvido na 6ª DP, acompanhado do responsável, como possível vítima do crime de corrupção de menores. Após os procedimentos legais, ele foi liberado por não estar em situação flagrancial. Porém, na madrugada desta quarta, a autoridade policial da DCA I representou, com base no artigo 174 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pela internação provisória do adolescente devido a gravidade social dos fatos e para assegurar a integridade física dele enquanto o caso é apurado. 

Identificação dos corpos das vítimas

O último corpo, dos três que foram encontrados em uma fossa de uma casa abandonada em Planaltina, no Distrito Federal, foi identificado nesta quarta. Segundo a Polícia Civil, a vítima é Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos. Ela era a última desaparecida no caso da chacina. 

Os outros dois corpos que estavam no mesmo local eram de Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido da cabeleireira Elizamar da Silva, e o de Claudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher do sogro de Elizamar e pai de Thiago. 

Todos os 10 desaparecidos da família já foram encontrados e identificados. São eles:

• Elizamar, de 39 anos;

• Os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, filhos de Elizamar e Thiago;

• Gabriel, de 7 anos, filho de Elizamar e Thiago;

• Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro de Elizamar, de 54 anos.

• Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido de Elizamar.

• Claudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher de Marcos Antônio.

• Renata Juliene Belchior, sogra de Elizamar;

• Gabriela Belchior, irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;

• Ana Beatriz Marques de Oliveira, filha de Cláudia e Marcos Antônio.

Segundo o delegado responsável pelo caso, um dos suspeitos presos pelo crime colaborou com a polícia e forneceu a localização das vítimas.

Relembre o crime

O caso veio à tona no último sábado, 14, com a denúncia do desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, 39, e dos três filhos. O carro dela foi encontrado carbonizado, em uma rodovia estadual de Cristalina, em Goiás, onde havia quatro cadáveres no seu interior, todos carbonizados.

No domingo, 15, as autoridades receberam a denúncia de que mais quatro pessoas da mesma família tinham desaparecido: Thiago, Marcos, Renata e Gabriela. Outro carro, pertencente ao sogro da cabeleireira, foi encontrado também carbonizado, com dois corpos.

Com a investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal chegou primeiro a três suspeitos, e depois passou a procurar pelo quarto: Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, que foi preso na tarde desta quarta-feira, 25. 

A polícia chegou à identidade dele porque evidências colhidas ao longo da investigação apontam relação de Carlomam com Horácio Carlos, de 49 anos, e Gideon Batista, 55, que já foram presos pela participação no crime. Há também digitais que o vinculam ao cativeiro e ao carro de uma das vítimas.