Chefe da maior milícia do RJ, Zinho é acusado de mandar matar ex-vereador e outros rivais; entenda
Miliciano enfrenta 6 denúncias do Ministério Público do RJ, incluindo a acusação de ser mandante do assassinato ex-vereador Jerominho
Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, enfrenta 6 denúncias do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), incluindo a acusação de ser o mandante do assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, também conhecido como Jerominho. As informações são da TV Band.
Além disso, existem acusações relacionadas a diversas mortes de membros de milícias rivais, juntamente com alegações de envolvimento em organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e corrupção de policiais. O miliciano tem 12 mandados de prisão e estava foragido desde 2018.
Desde o ano passado, a Polícia Federal e o Ministério Público conduziram diversas operações para capturar o miliciano. A mais recente foi a Operação Dinastia 2, realizada em 19 de dezembro, que resultou na prisão de cinco pessoas, além da apreensão de 4 armas. Também foram confiscados R$ 3 mil em espécie, celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos.
Envolvimento na morte de ex-vereador
A morte do ex-vereador do Rio, Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, e de seu comparsa Maurício Raul Atallah, em agosto de 2022, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, é um dos crimes que pode ter envolvimento de Zinho, conforme apuração do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Conforme a denúncia do Ministério Público à Justiça, Zinho seria o mandante do assassinato. Os investigadores sugerem que a morte do ex-vereador foi uma estratégia de Zinho para evitar que Jerominho e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, reassumissem o controle da organização criminosa.
Natalino e Jerominho são apontados como os fundadores da milícia Liga da Justiça, que atuou em Campo Grande há anos e deu origem à milícia chefiada por Zinho.
Outras denúncias
Em julho deste ano, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) apresentou denúncia contra Zinho pelo homicídio de André Luiz Rosa de Sousa e Leandro de Oliveira Moreno.
As vítimas eram ex-integrantes de uma milícia rival, liderada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera. O Ministério Público acredita que André e Leandro se juntaram ao "Bonde do Zinho" aproximadamente 2 meses antes do crime.
Zinho também foi denunciado como mandante do assassinato qualificado de Anderson Cláudio Gonçalves e envolvido em mais duas tentativas de homicídio na Baixada Fluminense.
Zinho se entrega à PF
O miliciano mais procurado do estado do Rio de Janeiro, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregou à Polícia Federal (PF) no fim da tarde deste domingo, 24. O miliciano estava foragido desde 2018 e tem 12 mandados de prisão. As informações são da GloboNews.
Segundo a emissora, Zinho se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. Na sequência, ele foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da justiça.
Nesta semana, a PF e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram operação para prender Zinho e desarticular o núcleo financeiro do grupo miliciano.