A polícia não acredita na versão do depoimento do tatuador Fábio Raposo, que foi visto nas imagens divulgadas ontem pela TV Brasil, dando um explosivo ao autor do disparo que atingiu o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, na última quinta-feira, no centro do Rio de Janeiro. Fábio se apresentou na madrugada deste sábado na Barra da Tijuca com um advogado depois que suas imagens rodaram o mundo entregando o artefato ao autor do crime.
O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão caso o cinegrafista, que está em coma, não resista aos ferimentos. "O depoimento dele é inverossímel. Ele estava nervoso, gaguejando muito e está claro que foi uma versão montada pelo advogado para eximi-lo de culpa", afirmou, com base nas informações dadas pelo delegado da Barra.
Mauricio Luciano afirmou que o medo de ser reconhecido foi fundamental para ele ter se apresentado. "Ele é tatuado e ficou com medo de ser reconhecido e decidiu contar essa história." Nas imagens da TV Brasil pode-se ver Fábio caminhando durante algum tempo ao lado do homem que acendeu e colocou no chão o explosivo que atingiu Santiago. "Ainda não podemos afirmar se, quando o homem colocou o rojão no chão, ele já estivesse aceso" disse, já que existe a possibilidade de que Fábio tenha ajudado o autor do crime a acender o artefato.
Fábio Raposo negou ser adepto da tática Black Bloc e disse que recebeu convite para a manifestação através da internet. "Ele já foi detido duas vezes em outras manifestações. No dia 7 de Setembro e no dia 22 de novembro", confirmou Mauricio Luciano, afirmando que o jovem está sempre envolvido em manifestações populares e quase sempre com perfil violento. Fábio prestou depoimento na madrugada deste sábado na Barra da Tijuca e se dispôs a colaborar. O delegado não entendeu porque, sendo morador do Méier, ele foi depor na Barra. "Certamente foi uma estratégia do advogado," disse o delegado.
Câmera flagra ação de suspeitos de jogar artefato que atingiu cinegrafista da Band:
O tatuador apagou seu perfil no Facebook, mas o delegado da 17ª já acionou a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática para tentar recuperar o perfil do jovem e tentar rastrear suas atividades e conversar para tentar identificar o autor do crime. "O depoimento do fotógrafo do (jornal) O Globo, que presenciou mais de perto o momento, também vai ser fundamental para tentarmos identificar o autor do crime," disse o delegado, que está analisando uma série de imagens em busca de um momento anterior à explosão do artefato para tentar uma imagem do autor do crime sem máscara.
28 de janeiro - Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes invadiu nesta terça-feira a estação Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, e incentivou usuários a entrarem no local sem pagar, em protesto contra o aumento na tarifa das passagens de ônibus
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - Por cerca de 30 minutos, o grupo fez com que inúmeras pessoas entrassem na estação sem pagar a passagem
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - O grupo incentivou usuários do sistema de trens a pular a roleta e seguir viagem sem pagar
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - Policiais militares e seguranças da SuperVia acompanharam a ação, mas não agiram para conter os manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - O protesto, convocado pelo Facebook, tinha como objetivo inicial realizar uma marcha da Candelária para a Cinelândia, mas os manifestantes decidiram se dirigir à Central do Brasil em meio à caminhada
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - O grupo carregava cartazes e faixas contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a SuperVia, a concessionária de trens metropolitanos do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - Em meio à passeata, um manifestante fantasiado de Batman foi detido pela Polícia Militar por estar mascarado. Após retirar sua máscara, ele foi liberado
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - Em frente à estação, o grupo fez um ato encenando a queima de uma roleta de papel
Foto: Daniel Ramalho / Terra
28 de janeiro - Por volta das 20h30, os manifestantes se dispersaram e o protesto se encerrou
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Manifestantes quebram roletas da estação de trem Central do Brasil durante protesto contra remoções e aumento das passagens do transporte público, no centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira
Foto: Diego Murray / Futura Press
30 de janeiro - Homem aproveita protesto para pular catraca na estação de trem Central do Brasil
Foto: Diego Murray / Futura Press
30 de janeiro - Manifestantes realizam protesto contra remoções e aumento das passagens do transporte público, no centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
30 de janeiro - Em protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio - a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3 -, centenas de pessoas pularam as catracas da estação Central do Brasil, no centro da capital fluminense, no início da noite
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Manifestantes realizam protesto contra o aumento das passagens do transporte público. Grupo marchou do centro do Rio de Janeiro em direção à Central do Brasil
Foto: Paulo Campos / Futura Press
6 de fevereiro - Uma mulher teve um corte profundo no braço direito em função de cacos de vidro que foram em sua direção após uma pedra atingir uma vidraça da estação Central do Brasil, durante protesto contra aumento de passagem
Foto: André Naddeo / Terra
6 de janeiro - O grupo de 500 pessoas marchou em direção à Central do Brasil e pulou a catraca aos gritos de "pula que é de graça", danificando algumas roletas
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
6 de janeiro - O policiamento foi reforçado com a presença de homens do Batalhão de Choque, que impediram os manifestantes de chegarem à plataforma de embarque
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
6 de janeiro - A Polícia Militar expulsou os manifestantes, fazendo com que o comércio na estação baixasse as portas
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
6 de fevereiro - O grupo de 500 pessoas marchou em direção à Central do Brasil e pulou a catraca aos gritos de "pula que é de graça", danificando algumas roletas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - O policiamento foi reforçado com a presença de homens do Batalhão de Choque. Os manifestantes tentaram chegar na plataforma de embarque, quando foram impedidos pela polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Passageiros se protegem dentro da estação Central do Brasil, onde era forte o cheiro de gás lacrimogêneo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Manifestação causou correria dentro da estação, mas operação dos trens não ficou prejudicada
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Algumas pessoas desmaiaram e precisaram ser atendidas por causa do cheiro de gás
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Do lado de fora, manifestantes atearam fogo em pilhas de lixo no meio da rua
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Um cinegrafista da Band ficou ferido depois que uma bomba estourou ao lado dele. Ele foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Diversas fogueiras foram acesas nas ruas em torno da Central do Brasil
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - A PM faz cordão de isolamento para os passageiros entrarem sem passar pelas roletas nos trens
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Passageiros que não participavam do protesto correram assustados sem saber o que fazer para fugir das pedras arremessadas pelos manifestantes e das bombas de gás jogadas pela polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Diversas fogueiras foram acesas nas ruas em torno da Central do Brasil, prejudicando o tráfego de veículos, que ficou praticamente paralisado na região
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Do lado de fora, manifestantes atearam fogo em pilhas de lixo no meio da rua.
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Passageiros passaram mal com bombas de efeito moral
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - A SuperVia, empresa responsável pelo transporte de trens no Rio de Janeiro, decidiu liberar as catracas da Estação Central do Brasil para o embarque de passageiros a fim de evitar mais tumulto no local, ocupado por manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que ocupavam a estação de trem e muitos passageiros passaram mal dentro da Central do Brasil, onde era forte o cheiro de gás
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - A Polícia Militar expulsou os manifestantes, fazendo com que o comércio na estação baixasse as portas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - Os manifestantes tentaram chegar na plataforma de embarque, quando foram impedidos pela polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - O grupo de 500 pessoas marchou em direção à Central do Brasil e pulou a catraca aos gritos de "pula que é de graça", danificando algumas roletas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
6 de fevereiro - O policiamento foi reforçado com a presença de homens do Batalhão de Choque
Foto: Daniel Ramalho / Terra
10 de fevereiro - Cinegrafistas e outros profissionais da imprensa do SBT, Record, Globo, Band, Rede TV, agências de notícias e veículos alternativas colocaram seus equipamentos no chão em protesto contra a violência sofrida pela imprensa e contra a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade no Rio de Janeiro
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto / Terra
10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto / Terra
10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto / Terra
10 de fevereiro - Os manifestantes saíram em passeata da Central do Brasil e seguiram até o prédio da Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor), onde realizaram um ato contra o aumento das passagens e queimaram uma catraca de ônibus envolta em papel e álcool
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Os manifestantes saíram em passeata da Central do Brasil e seguiram até o prédio da Federação de Transportes dk Rio de Janeiro (Fetranspor), onde realizaram um ato contra o aumento das passagens e queimaram uma catraca de ônibus envolta em papel e álcool
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - O grupo deixou a Fetranspor e se concentrou em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândias do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Após uma breve parada em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, manifestantes foram até a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Depois de fechar a avenida Presidente Vargas no sentido centro e abordar os ônibus que vinham na direção contrária, os manifestantes bloqueram a avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, aos gritos de "ei, Fifa, paga a minha tarifa"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Carregando cartazes com dizeres contra a Copa, eles gritavam contra o aumento e a realização do mundial no Brasil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Manifestantes abordaram os ônibus que vêm na direção contrária
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Os manifestantes protestam contra o aumento de R$ 2,75 para R$3, em vigor desde sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Um grupo de cerca de 500 pessoas protesta no centro do Rio de Janeiro nesta segunda-feira contra o aumento da passagem de ônibus na cidade
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Fantasiado de Batman, homem homenageia cinegrafista morto em protesto
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - Policiais observam atentamente aos manifestantes
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - O grupo deixou a Fetranspor e se concentrou em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândias do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - O grupo deixou a Fetranspor e se concentrou em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândias do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - O grupo deixou a Fetranspor e se concentrou em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândias do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
10 de fevereiro - O grupo deixou a Fetranspor e se concentrou em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândias do Estado do RJ (Fetranspor), onde queimaram uma catraca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
13 de fevereiro - Manifestantes se reuniram na candelária para um novo protesto contra o aumento das passagens, que teve policiamento reforçado
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
13 de fevereiro - A concentração da passeata ocorreu na Praça Pio X, atrás da Igreja da Candelária
Foto: Daniel Ramalho / Terra
13 de fevereiro - O protesto tem representantes do Psol, PSTU e PCB, da Central Sindical Popular Conlutas e do Sindicato dos Petroleiro, além de black blocs
Foto: Daniel Ramalho / Terra
13 de fevereiro - Manifestantes ligados a centrais sindicais, entidades estudantis e partidos de esquerda fizeram um protesto, no centro do Rio, contra o aumento das tarifas de ônibus, que passaram de R$ 2,75 para R$ 3 no último sábado
Foto: Daniel Ramalho / Terra
13 de fevereiro - Um dos manifestantes segura um cartaz com a frase "Quero os meus R$ 150", em referência à informação atribuída ao jovem Caio Silva de Souza, pelo advogado Jonas Tadeu Nunes, de que alguns manifestantes receberiam essa quantia em dinheiro para participar de protestos e fazer depredação de bens públicos e privados
Foto: Daniel Ramalho / Terra
19 de fevereiro - Manifestantes queimam catraca em frente à prefeitura de Niterói (RJ), em protesto contra o aumento do valor das tarifas de passagens
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
20 de fevereiro - Manifestantes fazem panfletagem durante protesto contra o aumento do valor da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro na região da Candelária, no centro da cidade
Foto: Paulo Campos / Futura Press
20 de fevereiro - Manifestantes fazem panfletagem durante protesto contra o aumento do valor da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro na região da Candelária, no centro da cidade
Foto: Paulo Campos / Futura Press
20 de fevereiro - Manifestantes fazem panfletagem durante protesto contra o aumento do valor da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro na região da Candelária, no centro da cidade
Foto: Paulo Campos / Futura Press
25 de fevereiro - Manifestantes protestam contra a realização da Copa do Mundo e o aumento das passagens urbanas de ônibus, trem e barcas no centro do Rio
Foto: Reynaldo Vasconcelo / Futura Press
25 de fevereiro - Um forte esquema de policiamento foi montado, com um grande número de policiais acompanhando os manifestantes
Foto: Reynaldo Vasconcelo / Futura Press
12 de março - Protesto é contra a realização da Copa do Mundo no Brasil
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
12 de março - A presidente Dilma Rousseff também foi mencionada em um cartaz
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
12 de março - O ex-jogador de futebol Pelé, que fez declarações contrárias às manifestações no País, também foi lembrado
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
12 de março - Os manifestantes foram até a Lapa, onde um homem vestido de Batman subiu nos arcos para protestar
Foto: Edson Taciano / Futura Press
12 de março - Manifestantes organizam protesto contra a Copa do Mundo no Rio
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
27 de março - Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal durante ato contra a Copa do Mundo realizado pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
27 de março - Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal durante ato contra a Copa do Mundo realizado pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro
Foto: Maurício Fidalgo / Futura Press
15 de abril - O grupo saiu no fim da tarde da Igreja da Candelária pela avenida Presidente Vargas, no centro da cidade
Foto: Mauro Pimentel / Terra
15 de abril - A Polícia Militar estima em 200 o número de participantes do protesto
Foto: Mauro Pimentel / Terra
15 de abril - Manifestante protesta contra a Copa do Mundo no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
15 de abril - O grupo se encontrou com os sem-teto que protestam em frente à prefeitura do Rio desde sexta-feira, após a desocupação de um prédio da Oi no Engenho Novo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Passagem pela polícia
Após o depoimento desta madrugada, a polícia levantou a ficha criminal do suspeito e constatou que ele já foi autuado ao participar de outras manifestações. "Ele tem passagem por ameaça, dano ao patrimônio público, que são crimes praticados durante as manifestações. Ele também está sendo investigado por associação criminosa e pode ser indiciado, inclusive preso, por causa desse crime", falou.
Foram registrados dois boletins de ocorrência contra Fábio Raposo na 5ª DP, por dano ao patrimônio público e associação criminosa. Já na 14ª DP, ele foi fichado pelo crime de ameaça. O delegado não forneceu detalhes sobre esses indiciamentos.
Vídeo mostra socorro a cinegrafista da rede Bandeirantes ferido em protesto:
A polícia ainda tenta identificar quem seria o segundo suspeito que participou da ação. Raposo afirma que não conhece o homem, mas o delegado acredita que ele possa estar escondendo a identidade o agressor. “Num primeiro momento ele está negando a participação, é uma estratégia dele. Mas, se ele identificar o coautor, isso será levado em consideração. É previsto em lei e ele será beneficiado se isso ocorrer", disse.
A Polícia Civil recebeu uma grande quantidade de imagens do protesto e pretende, com esse material, identificar o homem que acendeu o pavio do explosivo. “A imagem que temos desse suspeito é dele correndo de costas, é claro que isso dificulta. Mas, é claro, para as pessoas que o conhecem, fica fácil de identificar. São muitas imagens e, se a gente conseguir uma imagem que esteja nítida, poderemos identificar.”
Pressão para se entregar
Após o depoimento, o manifestante deu uma entrevista à Globo News e confirmou as informações repassadas à polícia. Fábio Raposo afirmou, entre outras coisas, que vem recebendo ligações de desconhecidos pedindo para que ele assuma o crime.
“Meu nome é Fábio. Eu estava ontem na manifestação contra o aumento das passagens. Sim, era eu. As fotos que foram apresentadas nas mídias era eu sim. Eu era o de camisa, bermuda e tênis, com as tatuagens. Era eu passando o artefato para o outro indivíduo, mas o artefato não era meu, quero deixar isso bem claro. Logo que eu cheguei, houve um corre-corre e eu fui até lá para ver o que tinha acontecido e estava tendo um confronto entre manifestantes e alguns policiais militares”, disse o rapaz.
Confusão, quebradeira, bombas: câmeras flagram tumulto durante protesto no Rio:
Fábio diz que foi nesse momento de confusão que ele viu a bomba caída no chão, e a pegou. “Nesse corre-corre, eu vi que um rapaz correndo deixou uma bomba cair. Uma bomba, não sei o que é, um negócio preto assim. Eu peguei e fiquei com ela na mão. Este outro cara veio e falou para mim: ‘Passa aí para mim que eu vou e jogo’. Eu peguei e passei para ele. Foi só isso mesmo. Eu em momento algum vou para as manifestações para quebrar as coisas e bater em policial, jogar pedra”, falou.
O homem citado por ele é o segundo elemento investigado pela polícia, que acabou acendendo o artefato que atingiu o repórter cinematográfico.
“Só estou vindo aqui mesmo porque estou assustado demais. A minha foto foi divulgada até em mídias internacionais. Já recebi ligações de pessoas desconhecidas, não sei se são grupos ou o que são, pedindo para eu assumir o caso e falar que fui eu, tentando me obrigar. É isso. Não fui eu mesmo. Eu quero o bem do repórter que está em coma, a família dele, tudo. Não sei o que falar, mas é isso. Melhoras, cara”, disse, lamentando o ocorrido.
Raposo garante que não viu nem o rosto do rapaz que recebeu o explosivo. "Ele era um cara alto, chamava bastante atenção. Ele estava com uma camisa na cara, preta. Ele chamava bastante atenção, mas não tenho ideia de quem seja. Eu fui sozinho na manifestação(...). Acredito que ele não tenha feito por mal. Acredito que foi um acaso de ele estar filmando, os cinegrafistas ficam no meio do fogo cruzado", afirmou.
"Eu estou torcendo para ele (cinegrafista) sair dessa, foi algo surreal, que não deve acontecer nunca, não pode acontecer mais. Os repórteres devem se respeitados. Eles têm o direito de estar ali, como os manifestantes também têm. Acho que ele vai sair dessa, torço para ele sair dessa", completou.
O cinegrafista da Band continua internado em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Souza Aguiar. No dia em que foi ferido, ele passou por uma neurocirugia de emergência.