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Polícia

Cinegrafistas protestam por segurança e melhores condições de trabalho

11 fev 2014 - 16h05
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<p>Jornalistas de diversos meios de comunicação se uniram por mais segurança e melhores condições de trabalho após a morte do colega Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes</p>
Jornalistas de diversos meios de comunicação se uniram por mais segurança e melhores condições de trabalho após a morte do colega Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Cinegrafistas de diferentes meios de comunicação depositaram suas câmeras e microfones ao chão em frente à 17ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro em protesto por segurança e melhores condições de trabalho.

O ato ocorreu um dia depois da morte cerebral do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, atingido na cabeça por um rojão enquanto cobria um protesto contra o aumento do preço da passagem do transporte público na capital carioca. Os jornalistas também exibiram cartazes em reivindicação por melhores condições de trabalho.

A 17ª DP (São Cristóvão) está à frente a investigação do assassinato de Santiago Andrade. Sua morte é o mais grave entre os mais de 100 episódios de agressão contra jornalistas desde o início da onda de manifestações populares no Brasil, em 2013.

Na tarde de hoje, a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, chegou à delegacia para depor. Mais cedo, a polícia divulgou uma fotorgafia de Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista da Bandeirantes. Ele é procurado pelas autoridades.

Jornalistas de diversos meios de comunicação se uniram por mais segurança e melhores condições de trabalho após a morte do colega Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes
Jornalistas de diversos meios de comunicação se uniram por mais segurança e melhores condições de trabalho após a morte do colega Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.

Foto: Mauro Pimentel / Terra

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

O tatuador ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. Raposo, preso no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações e que esse rapaz tem perfil violento.”

Fonte: Terra
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