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Polícia

Comandante volta atrás e diz que PM morta em chacina não delatou colegas

8 ago 2013 - 13h29
(atualizado às 13h33)
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Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra

Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo nesta quinta-feira, o comandante do 18º Batalhão da corporação, coronel Wagner Dimas, disse "ter se perdido" durante a entrevista que deu à Rádio Bandeirantes ontem, em que afirmou que a PM Andréia Pesseghini, encontrada morta na segunda, havia denunciado colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos. Segundo informações do SPTV, ele disse não haver qualquer denúncia sobre PMs envolvidos com os crimes e que a policial não fez qualquer menção a respeito.

O coronel Dimas também prestou depoimento no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) e disse que "ela (Andréia) não fez precisamente assim: esse, esse e esse estão com problemas. Mas, ao contexto que nós estávamos levantando, ela confirmou alguns detalhes". Ele ressaltou também que Andréia nunca relatou ter sido ameaçada e não estava sob qualquer tipo de medida de proteção. 

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.

A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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