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Polícia

Decretada prisão preventiva de 3 acusados no caso Bernardo

13 mai 2014 - 23h02
(atualizado às 23h33)
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A Justiça do Rio Grande do Sul determinou na noite desta terça-feira a prisão preventiva de três acusados de matar o garoto Bernardo Uglione, 11 anos. São eles: Leandro Boldrini, pai da vítima, a enfermeira Graciele Ugulini, madrasta, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele. Os três já estão presos temporariamente.

O juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, considerou que os acusados são perigosos e podem comprometer o andamento do processo, já que testemunhas relataram medo de sofrer represálias dos investigados. Ele ponderou ainda que há a possibilidade de fuga do País caso os três sejam libertados. Segundo a representação da polícia, eles cometeram os crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Bernardo.

Na decisão, o juiz considerou que a permanência dos indiciados na prisão é necessária também para a manutenção da "ordem pública". Escreveu Agostini, "segundo os autos indicam, o fato teria sido cometido por aqueles que tinham o dever legal de garantir a segurança da vítima" e concluiu que está característica do crime "causou uma intranquilidade social nunca vista nesta Comarca e até em nosso Estado".

Sobre a possibilidade de fuga do Brasil, o juiz relatou: "os representados têm condições financeiras, por si ou familiares, de empreender fuga, o que é facilitado pela proximidade desta comarca com a fronteira da República da Argentina".

A decisão retirou ainda o segredo de Justiça do inquérito policial.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.

Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.

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Fonte: Terra
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