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Polícia

Defensores de garoto suspeito de matar família organizam protesto em SP

23 ago 2013 - 10h20
(atualizado às 10h29)
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O protesto foi convocado pela internet e terá como ponto de partida a avenida Paulista
O protesto foi convocado pela internet e terá como ponto de partida a avenida Paulista
Foto: Facebook / Reprodução

Um grupo de pessoas que acreditam na inocência do adolescente Marcelo Eduarto Bovo Pesseghini, 13 anos, acusado de matar a família na zona norte de São Paulo no dia 5 de agosto, organizou uma manifestação para a tarde do próximo domingo, na avenida Paulista. Criado pelo grupo no Facebook denominado Não Foi o Marcelo Bovo Pesseghini, o evento pretende reunir manifestantes para protestar contra a forma como são conduzidas as investigações do caso.

“Venham de branco, tragam bandeiras brancas. Tragam cartazes expressando suas dúvidas. Não podemos nos calar!!! Vamos fazer bonito, sem medo e sem violência”, diz a convocação do evento, marcado para 15h, no Masp. Apesar de a comunidade apoiando o adolescente contar com mais de 26 mil pessoas, a participação no evento havia sido confirmada, até as 10h desta sexta, por 81 pessoas.

Em meio a diversas teorias conspiratórias em torno do caso, as que ganham maior força por parte dos defensores do jovem Pesseghini giram em torno dos depoimentos coletados pela polícia durante esta semana. “Os coleguinhas, no começo choravam a saudade do bom coleguinha, agora, alguns eram convidados para fazer parte da chacina e dois foram avisados por Marcelinho que dissera a um que já matara os pais, ao outro, que já tinha matado a avó e a tia-avó. Nós, brasileiros, já sabemos o quanto tentam subestimar a nossa inteligência com a verdade na cara da gente”, disse a internauta Inês Vasconcelos.

“Desculpem policiais, vocês estão cometendo o maior crime da história culpando  quem não fez isso. Eu não acredito em nada que falam, porque é muita mentira. Estão protegendo quem?”, questiona Ana Beatriz Cardozo.

Segundo a principal linha de investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o adolescente matou os quatro familiares e depois cometeu suicídio. Porém, os laudos periciais do IML e do Instituto de Criminalística, que devem ficar prontos na próxima semana, serão os principais elementos para analisar o caso.

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Chacina de família desafia polícia em São Paulo

Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.

A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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