Defesa de Richthofen recorre de decisão do STJ sobre indenização
Ela alega ter sofrido abalo psicológico em uma rebelião ocorrida em 2004, e pede indenização do Estado
A defesa de Suzane von Richthofen deu entrada com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão do ministro da corte Sérgio Kukina, que manteve a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que negou um pedido de indenização de Suzane contra o Estado de São Paulo. O pedido foi feito após uma rebelião na Penitenciária Feminina da Capital em 2004, na qual Suzane alega ter sofrido "abalo psicológico".
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No dia 1 de março deste ano, Kukina, em decisão monocrática, havia negado o recurso apresentado pelo advogado de Suzane, Denivaldo Barni Júnior, pedindo a reconsideração da decisão. “Não se pode confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional”, disse o ministro em sua decisão.
Segundo o STJ, Barni questionou a decisão do ministro e a questão deve ser levada agora para análise do colegiado da corte.
O caso
Em outubro de 2002, o casal Manfred e Marísia von Richthofen foi encontrado morto em sua mansão em São Paulo. Uma semana depois, a filha do casal, Suzane Von Richtofen, na época com 18 anos, confessou envolvimento no crime. Pouco tempo depois, o namorado de Suzane na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também foram presos e confessaram terem matado o casal com golpes de barra de ferro. Os três planejaram o assassinato para que Suzane ficasse com a herança dos pais.
Em 2006, após quase 56 horas de julgamento, os três foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado em regime fechado. A soma total das penas chegou a 115 anos de reclusão.
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