RS: delegada vê legítima defesa em morte de haitiano por PMs
Imigrante foi atingido por disparo na perna após surto psicótico na Serra gaúcha
A Polícia Civil de Flores da Cunha, na Serra gaúcha, concluiu que a morte de um imigrante haitiano atingido por um disparo efetuado por um policial militar se deu através de legítima defesa. Conforme a delegada Aline Martinelli, que conduziu o inquérito sobre a morte de Jean Wesly Moriseme, de 28 anos, "não há indícios de prática discriminatória, como sustentam alguns".
Em nota, a delegada ainda ressalta que o evento "é muito triste, mas diante das circunstancias os policiais militares tentaram evitar mal maior, sendo a morte de Jean, uma fatalidade".
Jean foi morto no dia 7 de outubro, após uma série de eventos que culminaram no disparo efetuado por um policial militar. Ele chegou a ser detido pela polícia e passou por duas instituições hospitalares para a contenção de um surto psicótico no mesmo dia, mas voltou a causar tumulto nas ruas da cidade no decorrer da noite.
Quando a Brigada Militar tentou conter o jovem pela terceira vez, Jean mordeu um dos soldados, momento em que o disparo contra a perna de Jean foi efetuado. O tiro atingiu uma artéria, o que ocasionou a morte.
Amigos relatam que o jovem sofria de depressão profunda, e que vivia há cerca de dois anos no Rio Grande do Sul. Ele trabalhava na cidade e já havia passado por tratamentos para a doença. A ação dos policiais será investigada através de Inquérito Policial Militar (IPM).