Daniel não tentou estuprar esposa de assassino, diz delegado
O delegado da Polícia Civil de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, declarou na última terça-feira que não houve tentativa de estupro por parte de Daniel Corrêa contra Cristiana Brittes , mulher do assassino confesso do jogador do São Paulo, Edison Brittes.
Segundo o delegado, essa foi a conclusão chegada pela polícia após ouvir novas testemunhas do caso no início desta semana. De acordo com Trevisan, nenhuma das testemunhas relatou ter ouvido os gritos de Cristiana, como foi relatado pela família Brittes, mas sim os berros do jogador enquanto era espancado.
"A versão da tentativa de estupro, nós estamos desconfigurando agora, com essas testemunhas, e bem como o arrombamento da porta também. Para nós, o Daniel simplesmente estava na cama", declarou Amadeu. "Não houve a tentativa de estupro, mesmo porque o Daniel estava com 13,4 decigramas de álcool no sangue. Então, ele estava muito embriagado, estava muito aquém de conseguir realizar algum estupro", avaliou.
Na última terça-feira, o delegado ouviu quatro testemunhas que estavam na festa de aniversário de Allana. A polícia revelou ainda que suspeitos de terem participado do crime por terem entrado no carro de Edison, além do próprio assassino confesso, serão ouvidos durante a semana.
Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana segue presos de forma temporária por 30 dias. Na entrevista em que confirmou a autoria do crime, o empresário também afirma que ouviu gritos do quarto e ao abrir a porta se deparou com Daniel tentando abusar de sua esposa, fatos que foram confirmados nos depoimentos de Cristiana Brittes na última segunda-feira.
Na apuração preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), divulgada pela Polícia Civil, Daniel foi espancado na casa da família Brittes e, depois, levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado. A morte foi causada por ferimento por arma branca. O corpo do jogador foi velado e sepultado na última quarta-feira, em Conselheiro Lafaiate, em Minas Gerais, cidade da família do atleta.
Mineiro de Juiz de Fora, Daniel foi morto aos 24 anos. Revelado pelo Cruzeiro, o meio-campista foi contratado pelo São Paulo após se destacar no Botafogo. Também passou por Ponte Preta e Coritiba. Ele estava emprestado pelo clube tricolor paulista ao São Bento, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.