Detalor do PCC morto em aeroporto: investigação da PF terá estratégia igual à do caso Marielle
Polícia Federal conduzirá investigação independente à da força-tarefa das Polícias Civil e Militar
A Polícia Federal vai investigar, em paralelo com as Polícias Civil e Militar, o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach em Guarulhos, em uma abordagem semelhante à usada no caso Marielle Franco.
A Polícia Federal (PF) vai investigar, de forma paralela à força-tarefa formada pelas Polícias Civil e Militar, o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na última sexta-feira, 8.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A estratégia adotada pelo órgão será semelhante à usada na apuração do crime contra Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro, quando um delegado transferido da Bahia passou a comendar as investigações.
De acordo com fontes ouvidas pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, apontam que a possível interferência do crime organizado nas polícias pode prejudicar a investigação.
O motivo da abordagem igual à do caso Marielle é para trazer proteção a policiais locais e usar equipes com experiência em casos complexos e potencial envolvimento de agentes de segurança.
Por isso, a PF teria chances maiores de apurar o caso do que as forças de segurança locais. Além disso, como o aeroporto está sob jurisdição federal, o Palácio do Planalto determinou que o órgão passasse a investigar o caso.
Na apuração do caso da vereadora assassinada no Rio de Janeiro, as investigações começaram por conta da Polícia Civil. No entanto, a investigação só começou a caminhar depois da entrada da PF. Marielle e o motorista Anderson Gomes morreram em 14 de março de 2018. Os assassinos confessos do caso, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, passam por júri popular no último dia 31 de outubro e foram condenados à prisão.
Gritzbach colaborava como delator em uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC, levantou suspeitas sobre a participação de policiais no crime, direta ou indiretamente. O empresário já havia relatado ao Ministério Público e à polícia estar sendo extorquido por policiais civis.
Policiais militares que faziam segurança privada para Gritzbach, uma prática considerada irregular, também estão sob investigação. Os quatro policiais militares envolvidos foram afastados de suas funções.