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Polícia

Dezoito brasileiros são acusados de participar de esquema de vendas de armas ilegais nos EUA

Há indícios de que os acusados estejam vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), bem como gangues locais menores

21 mar 2025 - 11h15
(atualizado às 12h57)
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Uma das armas apreendidas
Uma das armas apreendidas
Foto: Gabinete do Procurador dos Estados Unidos do Distrito de Massachussets

Dezoito cidadãos brasileiros foram formalmente acusados por crimes federais com armas de fogo nos Estados Unidos. Segundo divulgado pelo Gabinete do Procurador dos Estados Unidos do Distrito de Massachussets, eles estariam envolvidos na venda de diferentes tipos de armamentos. Há ainda indícios de que os acusados tenham ligação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), bem como gangues locais menores, especificamente as Tropa de Sete e Trem Bala.

Na divulgação, o órgão norte-americano se refere ao PCC como "uma das maiores organizações criminosas do Brasil e da América Latina". Além disso, é citado o histórico de "crimes violentos em prol da organização, incluindo assassinatos, assaltos à mão armada, sequestros e a coordenação de uma operação transnacional de tráfico de drogas".

A maioria dos réus está nos Estados Unidos de forma ilegal. Durante as investigações, iniciadas em 2024, foram apreendidas cerca de 110 armas de fogo, quantidades de tráfico de fentanil e munição. As armas de fogo supostamente recuperadas incluem, mas não estão limitadas a, pistolas, rifles, rifles de cano curto e espingardas que foram traficadas principalmente de áreas na Flórida e Carolina do Sul para Massachusetts.

“Conforme alegado, esses réus — a maioria dos quais não tem status legal nos Estados Unidos — desempenharam um papel em trazer armas mortais para Massachusetts, alguns como traficantes e outros como possuidores ilegais. Esse tipo de ilegalidade alimenta crimes violentos e fortalece organizações criminosas transnacionais que lucram com o caos e o medo. Isso coloca vidas americanas em risco”, disse a procuradora dos Estados Unidos Leah B. Foley.

As acusações de envolvimento no negócio de tráfico de armas de fogo sem licença e conspiração preveem uma sentença de até cinco anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e uma multa de até US$ 250.000 - mais de R$ 1,4 milhão. 

A acusação de posse de arma de fogo por um estrangeiro ilegal prevê uma sentença de até 15 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e uma multa também de até US$ 250.000. Os réus estão sujeitos à deportação após a conclusão de qualquer sentença imposta. As sentenças são impostas por um juiz do tribunal distrital federal com base nas Diretrizes de Sentença dos EUA e estatutos que regem a determinação de uma sentença em um caso criminal.

O caso faz parte da Operação Take Back America (Recuperar a América, em tradução livre), uma iniciativa tomada durante a nova gestão do presidente Donald Trump por todo os Estados Unidos para "repelir a invasão da imigração ilegal, atingir a eliminação total de cartéis e organizações criminosas transnacionais", segundo descreve o gabinete do Distrito de Massuchussets.

Fonte: Redação Terra
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