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Polícia

Elize Matsunaga fica calada em novo interrogatório na Justiça

Mulher do empresário Marcos Matsunaga não respondeu aos questionamentos do juiz Adilson Paukoski Simoni

25 jun 2013 - 16h49
(atualizado às 17h10)
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Os advogados de Elize, Luciano Freitas Santoro e Roselen Solio, concedem entrevista no Fórum da Barra Funda
Os advogados de Elize, Luciano Freitas Santoro e Roselen Solio, concedem entrevista no Fórum da Barra Funda
Foto: Alex Falcão / Futura Press

A bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Matsunaga, que confessou ter matado e esquartejado o marido, o empresário Marcos Matsunaga, ficou calada nesta terça-feira em novo interrogatório no Fórum de Barra Funda, em São Paulo. Por cerca de 40 minutos, a ré não respondeu aos questionamentos do juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri de São Paulo.

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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o segundo interrogatório foi marcado pelo juiz porque há uma nova prova no processo contra Elize: o laudo da perícia após a exumação do corpo de Marcos Matsunaga, ocorrida em março.  O exame foi solicitado pela defesa, com o objetivo de provar que o empresário já estava morto quando foi esquartejado.

A ré confessou ter dado um tiro no marido, esquartejado o corpo, colocado as partes em uma mala e descartado em uma área de mata. O atestado de óbito de Marcos Matsunaga diz que ele morreu por ferimento de arma de fogo, mas a necropsia fala que vários elementos, inclusive fraturas provocadas por tortura, levaram a vítima à morte.

A Promotoria acusa Elize de homicídio triplamente qualificado - com motivo torpe, com meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa da ré quer retirar a qualificadora de meio cruel, alegando que o empresário não sofreu ao ser esquartejado porque já estava morto.

Ao fim do interrogatório desta terça-feira, o magistrado deu um prazo de dez dias para que acusação e defesa enviem suas alegações. Após o término deste prazo, Simoni decidirá se Elize irá ou não a júri popular pela morte do marido.

Empresário é esquartejado 

Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior. 

De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.

Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha. No dia 19 de junho, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva da acusada.

Fonte: Terra
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