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Polícia

Elize Matsunaga pode passar por novo interrogatório na Justiça

28 mai 2013 - 13h00
(atualizado às 13h00)
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<p>Elize Matsunaga confessou ter matado e esquartejado o marido, Marcos Matsunaga</p>
Elize Matsunaga confessou ter matado e esquartejado o marido, Marcos Matsunaga
Foto: Diogo Moreira/Frame / Terra

A bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Matsunaga, que confessou ter matado e esquartejado o marido, o empresário Marcos Matsunaga, pode passar por um novo interrogatório na Justiça de São Paulo. O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, convocou as três partes - a acusação (Ministério Público), o assistente da acusação e a defesa da ré - a responderem se desejam que ela seja interrogada novamente. Se houver acordo, a mulher do executivo da Yoki falará ao juiz no dia 25 de junho.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o segundo interrogatório foi marcado pelo juiz porque há uma nova prova no processo contra Elize: o laudo da perícia após a exumação do corpo de Marcos Matsunaga, ocorrida em março.  O exame foi solicitado pela defesa, com o objetivo de provar que o empresário já estava morto quando foi esquartejado.

A ré confessou ter dado um tiro no marido, esquartejado o corpo, colocado as partes em uma mala e descartado em uma área de mata. O atestado de óbito de Marcos Matsunaga diz que ele morreu por ferimento de arma de fogo, mas a necropsia fala que vários elementos, inclusive fraturas provocadas por tortura, levaram a vítima à morte.

A Promotoria acusa Elize de homicídio triplamente qualificado - com motivo torpe, com meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa da ré quer retirar a qualificadora de meio cruel, alegando que o empresário não sofreu ao ser esquartejado porque já estava morto.

Empresário é esquartejado 

Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior. 

De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.

Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha. No dia 19 de junho, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva da acusada.

Fonte: Terra
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