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Polícia

Em decisão, juíza diz que caso de idoso morto em banco é 'vexatório e cruel'

Prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela magistrada; defesa da acusada vai entrar com recurso

19 abr 2024 - 20h15
(atualizado às 23h57)
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Morto em banco: juíza diz que caso é 'vexatório e cruel'; polícia pede quebra de sigilo bancário:

Após a audiência de custódia realizada na quinta-feira, 18, a prisão em flagrante de Erika Vieira Nunes, de 43 anos, que levou um idoso morto para fazer empréstimo em um banco no Rio de Janeiro, foi convertida em preventiva. 

Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha afirmou que a mulher não demonstrou nenhuma preocupação com o estado do idoso que alegou ser cuidadora. Imagens das câmeras de segurança mostram a mulher tentando fazer com que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, assinasse os documentos em uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil.

Como o idoso não reagia, os funcionários do banco desconfiaram da situação e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou que o homem estava morto. 

Mulher teve prisão convertida em preventiva
Mulher teve prisão convertida em preventiva
Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Os funcionários do banco que, notando aquela cena vexatória e cruel, acionaram o socorro. O ânimo da indiciada se voltava exclusivamente a sacar o dinheiro", disse a magistrada.

A defesa da acusada recorreu da decisão e pediu a prisão domiciliar para que ela possa cuidar da filha de 14 anos. A garota possui diagnóstico de doença crônica. Para justificar a solicitação, a defesa alegou que Erika não oferece riscos e colaborou com as investigações.

Ainda segundo a decisão, a juíza apontou que a discussão não está focada em descobrir o momento da morte, mas, sim, se o idoso estava apto a expressar a sua vontade caso estivesse com vida. "A possibilidade de já ter sido levado morto torna a ação mais repugnante e macabra."

A juíza ainda indagou se a suspeita não teria percebido que o idoso não estava bem, ainda que não tenha notado o exato momento da morte. "Diversas pessoas que cruzaram com a custodiada e o sr. Paulo ficaram perplexos com a cena, mas a custodiada teria sido a única pessoa a não perceber?", argumentou.

Fonte: Redação Terra
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