Em julgamento, mulher diz que Weinstein fez sexo oral à força
Uma das mulheres que acusa Harvey Weinstein de abuso sexual disse a um júri, nesta segunda-feira, que o ex-produtor de Hollywood fez sexo oral à força com ela na casa dele em Nova York, em 2006.
Mimi Haleyi começou a prestar depoimento no tribunal de Manhattan, com Weinstein observando da cadeira de réu. Weinstein, de 67 anos, se declarou inocente de abusar sexualmente de Haleyi e Jessica Mann.
O julgamento é amplamente visto como um momento decisivo para o movimento #MeToo, no qual mulheres acusam homens poderosos de crimes sexuais.
Haleyi, agora com 42 anos, disse que Weinstein a convidou para sua casa no SoHo depois que ela trabalhou em uma de suas produções televisivas. "Em algum momento, logo que o encontrei lá, ele meio que veio em minha direção e se lançou contra mim", disse ela. "Levantei-me do sofá e disse: 'Não, não, não.'"
Haleyi disse que Weinstein a empurrou para um quarto, onde caiu de costas na cama. Lá, ele a segurou e forçou sexo oral nela. Ela afirmou que disse a Weinstein que tinha um absorvente interno, mas que ele o retirou. Haleyi disse que se lembrava de pouco do que ocorreu depois disso.
Os advogados de Weinstein disseram que mensagens das acusadoras mostrariam que elas mantiveram relações calorosas com ele após os alegados abusos.
Na semana passada, a atriz Annabella Sciorra depôs que o ex-magnata de Hollywood a abusou violentamente em seu apartamento em Manhattan no início dos anos 1990.
Embora a alegação de Sciorra seja muito antiga para apoiar uma acusação de estupro separada contra Weinstein, os promotores esperam que isso mostre que ele é um repetitivo predador sexual -- uma acusação que poderia colocá-lo na prisão por toda a vida. Desde 2017, mais de 80 mulheres, incluindo muitas atrizes famosas, têm acusado Weinstein de má conduta sexual.
Weinstein, que reformulou a indústria cinematográfica independente com filmes aclamados pela crítica, como "O Paciente Inglês" e "Shakespeare Apaixonado", nega as acusações e disse que qualquer encontro sexual era consensual.
Os promotores, em argumentos iniciais na semana passada, descreveram Weinstein como um predador em série cujas vítimas sofreram vergonha e humilhação após encontros com ele.