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Polícia

Em nota, Lula lamenta morte de cinegrafista atingido por rojão no RJ

11 fev 2014 - 15h30
(atualizado às 15h39)
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O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou nesta terça-feira, através de sua página no Facebook, a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço da passagem de ônibus, no centro do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (6).

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/jornalistas-mortos/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/jornalistas-mortos/">Morte de jornalistas: Santiago Andrade, Tim Lopes, Valério Luiz de Oliveira entre outros</a>

“É com imensa tristeza que soube da morte do cinegrafista Santiago Andrade. Lamento pela família deste trabalhador, que vive uma dor irreparável. Sempre defendi o direito à livre manifestação. Manifestações fazem parte da democracia, e por isso não combinam, nem devem ser, uma justificativa para a violência. Solidarizo-me com os familiares, amigos e colegas de Santiago Andrade neste momento de luto”, afirmou o ex-presidente. 

Lula se reunirá hoje com o ex-presidente dos Estados Unidos na Fundação Clinton, que desde 2010 ajudar a melhorar a saúde, a economia e o desenvolvimento da infância em nível mundial. Em sua visita, Lula participará de uma conferência e voltará ao Brasil na quarta-feira, segundo nota do Instituto Lula divulgada no último domingo. 

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral
Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela secretaria no início da tarde de 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital onde ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva.

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

Para delegado que investiga morte de cinegrafista, houve intenção de matar:

Raposo ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. O tatuador, preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações" e que "esse rapaz tem perfil violento”.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã do dia 11, uma foto do suspeito de ter acendido o rojão que atingiu Santiago Andrade. Caio Silva de Souza, 23 anos, é considerado foragido e tem duas passagens pela polícia. Fábio Raposo, que passou o rojão, reconheceu o autor do disparo a partir da imagem leava pelo delegado. Ele está sendo procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão.

Fonte: Terra
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