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Polícia

Embaixador boliviano pede por Justiça após morte de menino em SP

4 jul 2013 - 07h05
(atualizado às 07h14)
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<p>Crianças bolivianas acendem vela durante protesto pela morte de Brayan</p>
Crianças bolivianas acendem vela durante protesto pela morte de Brayan
Foto: Gero / Futura Press

Uma semana depois do assassinato do boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, por um assaltante em São Paulo, o embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, defendeu uma “reação em dupla direção” por parte do governo brasileiro. Para ele, é preciso punir os responsáveis pela morte da criança e ampliar a segurança nas áreas onde vivem os bolivianos que migram para o Brasil.

“Esperamos uma reação do governo brasileiro, uma reação em dupla direção: a busca pela justiça e a punição e mais proteção nos bairros onde moram os bolivianos porque, geralmente, há ausência policial”, ressaltou à Agência Brasil o embaixador. “Não mataram a criança porque era um menino boliviano. Mataram porque a delinquência não é direcionada aos estrangeiros, mas a todos.”

Justiniano Talavera alertou que é preciso redobrar os esforços para tentar uma solução para os bolivianos que são explorados no Brasil. Segundo ele, a desinformação associada ao medo agrava ainda mais a situação.

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De acordo com o embaixador, atualmente há aproximadamente 250 mil bolivianos morando no Brasil, mas cerca de 15 mil são irregulares. “Infelizmente são muito explorados, embora a maioria seja de mão de obra qualificada, em geral, excelentes artesãos. A exploração existe pela desinformação por parte dos bolivianos, que não sabem que é possível ser legal no Brasil sem ter de passar por intermediários”, disse Talavera, que revelou que a exploração dos bolivianos no Brasil é tema constante de discussões de autoridades dos dois países.

“Recentemente fiz uma reunião com uma comissão de parlamentares que analisa a questão da exploração e do trabalho escravo. Os parlamentares conversaram com vários bolivianos que vivem em São Paulo e estão em uma situação que nos preocupa. Os deputados ouviram deles que não querem denunciar por medo. Medo das autoridades brasileiras e bolivianas. Tudo isso precisa ser trabalhado no esforço de impedir que essas situações se repitam”, falou o embaixador.

O ideal, ainda segundo Talavera, seria que os bolivianos trabalhassem na região de fronteira da Bolívia com o Brasil, “e os brasileiros passassem a comprar os nossos produtos (bolivianos) sem impor tarifas elevadas nem taxas”.

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Agência Brasil Agência Brasil
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