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Polícia

Empresas imobiliárias pagaram R$ 3 milhões a esposa de Rivaldo Barbosa, delegado acusado de envolvimento no caso Marielle

Firmas controladas pela gestora de ativos Brookfield teria transferido valores para contas de uma empresa da advogada Érika Andrade

18 abr 2024 - 12h15
(atualizado às 12h27)
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Resumo
Investigações realizadas pela Polícia Federal forneceu dados que revelaram a transferência de pelo menos de R$3,3 milhões para contas de uma empresa da advogada Érika Andrade de Almeida Araújo, esposa do delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora psol, Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foi preso neste domingo, 24 por participar do assassinato da vereadora Marielle Franco
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foi preso neste domingo, 24 por participar do assassinato da vereadora Marielle Franco
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), com base em dados fornecidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), revelaram que empresas controladas pela gestora de ativos Brookfield transferiram pelo menos R$ 3,3 milhões para contas de uma empresa da advogada Érika Andrade de Almeida Araújo. Érika é esposa do delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, que está sendo acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes. As informações foram divulgadas pelo Uol e confirmadas pelo Terra.

De acordo com o relatório final do inquérito que investigou o crime, as informações revelam que a consultoria Armis, registrada em nome de Érika Andrade de Almeida Araújo, servia como uma maneira para ocultar pagamentos destinados ao delegado Rivaldo Barbosa. Na época do assassinato, Rivaldo ocupava o cargo de chefe da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro e, dez dias após o ocorrido, foi promovido a chefe de polícia. 

Segundo investigações da PF, Rivaldo teria recebido a quantia de R$ 400 mil para garantir a impunidade dos suspeitos apontados como mandantes do crime, os irmãos Domingos Brazão, conselheiro no TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo partido União Brasil do Rio de Janeiro. Os três estão presos preventivamente desde 24 de março.

Ainda de acordo com o Coaf, a empresa Armis recebeu um total de R$ 3,9 milhões de diversos fornecedores entre junho de 2016 e agosto de 2020. No entanto, 84% desse montante provinham de construtoras ou imobiliárias controladas pela Brookfield. Durante o período investigado, a Armis recebeu 256 transferências bancárias de clientes, conforme registros do Coaf. Dessas transferências, 229 foram realizadas por empresas sob controle da Brookfield, representando 89% do total de envios.

A Brookfield é uma empresa multinacional de gestão de ativos com sede no Canadá. No caso da Armis, as transferências foram realizadas por meio de empresas do setor imobiliário ou da construção civil que têm a Brookfield como sócia ou controladora indireta.

O Terra entrou em contato a Brookfield e aguarda retorno. 

Fonte: Redação Terra
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