"Esses crimes não são comuns no Rio", diz delegado sobre estupro de turista
O estupro de uma turista estrangeira dentro de uma van de transporte alternativo em região turística do Rio de Janeiro acarretou uma repercussão internacional. Jornais internacionais reportaram o caso, o que pode deixar outros turistas receosos em optar pela Cidade Maravilhosa como destino de suas viagens no futuro. O delegado encarregado de investigar o caso tentou tranquilizar a opinião pública nesta terça-feira.
"Este crime abominável não é comum no Rio de Janeiro. É um ponto fora da curva. Não me lembro de outros casos de estupro recentemente e como este tenho certeza que nunca havia acontecido", disse Alexandre Braga, titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista desde janeiro do ano passado.
Na tarde de hoje, o delegado deu entrevista coletiva para anunciar a conclusão da investigação e o indiciamento dos três acusados reconhecidos pelas vítimas nos crimes de roubo, estupro e aliciamento de menor (um adolescente teria recolhido os bens das vítimas pouco depois que elas entraram na van). As penas por estes crimes podem chegar a 29 anos.
O delegado informou que Jonathan Foudakis, 20 anos, e Carlos Armando Costa dos Santos, 21 anos, admitiram os crimes. Wallace Aparecido Souza Silva, 22 anos, negou participação e teria imputado culpa aos demais. “Eles não manifestaram nenhum arrependimento ou abatimento. São bastante frios e indiferentes ao que aconteceu. Aparentemente, eles escolheram o casal de turistas aleatoriamente”, afirmou Braga.
O crime ocorreu na noite de sexta-feira para sábado. Os dois turistas estrangeiros tomaram a van na avenida Nossa Senhora de Copacabana e tinham a intenção de ir até a Lapa para se divertir. Mas os três homens os agrediram e se alternaram no estupro da menina e nas agressões ao rapaz enquanto tentavam utilizar seus cartões de crédito. Os dois foram abandonados por volta das 6h de sábado na BR-101, entre São Gonçalo e Itaboraí.