Ex-servidor público preso por pirataria comprou carro de R$ 300 mil no Pix, diz Polícia Civil
O homem de 31 anos foi preso em Juiz de Fora (MG) por disponibilizar links piratas que davam acesso a canais privados de TV
Um dos presos em flagrande na 7ª fase da Operação 404, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comprou um carro de R$ 300 mil no Pix, segundo informações da Polícia Civil obtidas pelo g1. O homem, ex-servidor público, tem 31 anos e foi preso em Juiz de Fora, em Minas Gerais, disponibilizando links piratas que davam acesso a canais privados de televisão.
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De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, o homem é suspeito de violação de direito autoral e lavagem de dinheiro. Segundo a chefe da Divisão Especializada, delegada Cristiana Pereira Gambassi Angelini, foram apreendidos dois veículos, computadores, celulares e outros materiais eletrônicos.
De maneira geral, na operação, que aconteceu nesta quinta-feira, 19, foram tirados do ar 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal. Segundo o ministério, a ação faz parte de uma mobilização internacional, envolvendo várias autoridades, contra infrações a direitos autorais.
O nome da operação é uma referência ao "Erro 404", que acontece na internet quando o usuário tenta acessar uma página, que não é encontrada.
Além de derrubar os sites e apps, os conteúdos de áudio, vídeo e jogos foram removidos dos servidores e desindexados dos mecanismos de buscas. Páginas e perfis em redes sociais também foram derrubados.
Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, e cinco pessoas foram presas. Os investigados são suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, uma prática que "causa prejuízos significativos à economia e à indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas".
O principal impacto desse tipo de pirataria é no setor cultural e criativo, mas os danos vão além. Em outra operação recente contra pirataria, os agentes perceberam que os mesmos sites que distribuíam conteúdo ilegal também espalhavam vírus e malwares, deixando os computadores dos usuários vulneráveis a roubos de dados e outros tipos de crimes virtuais.
Ação internacional
A operação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça. Foram cumpridos mandados pela Polícia Civil de nove Estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Também participaram os Ministérios Públicos de São Paulo e Santa Catarina.
Órgãos de mais cinco países também participaram: Argentina, Reino Unido, Estados Unidos, Peru e Paraguai. Entidades de defesa dos direitos artísticos e autorais nacionais e internacionais também estiveram envolvidas.