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Polícia

Facebook é 'invadido' por páginas com nome de menino suspeito de chacina

No Facebook, pelo menos quatro páginas foram criadas com o nome de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, suspeito de matar a família em SP, segundo a polícia

7 ago 2013 - 11h36
(atualizado às 11h52)
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Internautas criaram páginas com o nome de Marcelo Eduardo
Internautas criaram páginas com o nome de Marcelo Eduardo
Foto: Facebook / Reprodução

O crime envolvendo uma família de policiais militares, no qual o filho de 13 anos é suspeito de matar o pai, a mãe, a avó e uma tia-avó invadiu as redes sociais nas últimas horas. No Facebook, pelo menos quatro páginas foram criadas em memória do adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, considerado pela polícia, em sua principal linha de investigação, como o autor do crime.

Internautas aproveitaram a imagem do protagonista do game Assassin’s Creed, adotada como avatar da página original de Marcelo no Facebook, para criar uma identidade em torno do caso. O perfil verdadeiro do jovem foi excluído nesta terça-feira. Outro, com o mesmo nome e visual, chegou a ser criado, mas também foi excluído após algumas horas.

As páginas criadas com o nome do adolescente são classificadas de diferentes maneiras: duas delas aparecem como comunidade, uma como artista e a última como animal.

Na mais popular, com mais de 400 “curtidas” às 11h desta quarta, o autor apresentou na descrição um link para um site de aplicativos, o que pode sugerir uma conotação comercial em torno da tragédia que aconteceu na zona norte de São Paulo.

Ninguém sabia que Marcelo dirigia, diz delegado:

No perfil, criado na madrugada desta quarta-feira, o único post relacionado ao caso é uma imagem com a foto da família e uma brincadeira feita em torno do fato de o garoto ser fã de games. “Agora é que a minha mãe tira o meu PC (computador)”, dizia a publicação.

Em outra página, identificada como comunidade, 108 curtiram a iniciativa, apesar de não haver nenhum conteúdo publicado. Na terceira página, outra comunidade, a imagem do personagem de videogame foi deixada de lado, dando lugar à uma foto da família Pesseghini. Na descrição da página o autor escreveu: “O assino (sic) da família, se tiver coisa contra o dono da página me adiciona”. Entre as publicações, aparecem matérias sobre o crime e acusações contra o principal suspeito.

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Por último, outra página criada na madrugada desta quarta, foi colocada na categoria “Animal”. Semelhante à comunidade que utilizou o tema para fazer propagandas, esta utilizou o espaço para divulgar o mesmo site de aplicativos.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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