Família se nega a enterrar presidiário morto há 4 dias e pede novo laudo do IML
Morte de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada tem indícios de suicídio, mas família acredita que ele foi assassinado
A família de um detento morto há quatro dias no presídio de Barra da Grota, em Araguaína, no Tocantins, se nega a enterrar o corpo dele. Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, foi encontrado sem vida no último domingo, 23, em uma cela, e há indícios de suicídio. Familiares pedem para que um novo laudo do Instituto Médico Legal (IML) seja feito.
De acordo com a TV Anhanguera, afiliada da Globo no estado, Dad Charada é suspeito de ser o mandante de 50 assassinatos na capital, Palmas. Ele foi preso no início de julho no Rio Grande do Sul e transferido para o Tocantins.
O pedido de um novo exame necroscópico veio da defesa da vítima, após a família contar que ele vinha recebendo ameaças há algum tempo. Por isso, os familiares acreditam que ele tenha sido morto, apesar do atestado de óbito apontar suicídio como a causa da morte.
Após a morte de Dad Charada, o IML de Araguaína realizou a necropsia do corpo, cujo laudo deve sair em dez dias. No entanto, com o pedido da defesa, a Justiça determinou que o procedimento seja refeito pelo IML de Palmas.
Além disso, a Justiça determinou que o Governo do Estado disponibilize as imagens das câmeras de segurança da ala onde ele estava quando foi encontrado morto. Caso as medidas não sejam cumpridas, deverá ser paga multa de R$ 30 mil por dia.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Tocantins informou à emissora que uma investigação foi instaurada e o local foi periciado. A Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando o caso.