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Polícia

Gaeco descobre que PCC reestruturou organização e fez novo organograma, diz colunista

Nova estrutura foi adotada após a transferências de membros da cúpula para presídios federais

14 out 2024 - 16h42
(atualizado às 17h47)
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O chefe do PCC, Marcola.
O chefe do PCC, Marcola.
Foto: Paulo Liebert/Estadão / Estadão

A estrutura do PCC (Primeiro Comando da Capital) mudou e um novo organograma foi instaurado na facção, conforme apontam relatórios sigilosos do Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo. A informação é do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Esse novo esquema foi descoberto em investigações sobre tráfico, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A facção possui várias divisões, e cada uma delas fica responsável por alguma função dentro do grupo, como o setor financeiro, o ‘tribunal do crime’ e até a alta cúpula. 

Em 2002, a Polícia Civil divulgou o primeiro organograma do PCC, quando os fundadores José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz Silva, o Cesinha, foram excluídos do grupo. Foi nessa época, segundo o MP, que Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, assumiu a liderança da facção e aparecia no topo do documento, junto de Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola. 

Marcola, apesar de sempre negar pertencer ao grupo, está preso em Brasília. A maioria dos citados no organograma antigo era ligada a Geleião e foi executada na guerra interna do grupo.

Nesse atual, a Sintonia Final Cúpula foi criada para substituir a Sintonia Final Geral, que era formada por um número restrito de integrantes, após a transferência dos líderes do grupo para presídios federais e para Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) – de segurança máxima. Eles é que mantêm o controle e dão a última palavra em alguma estratégia do PCC, ou temas sensíveis e financeiros. 

Abaixo está a Sintonia Restrita, com integrantes de estrita confiança do mais alto patamar do grupo. Nela, os faccionados ficam responsáveis pelo “setor de inteligência”, na qual os membros ficam responsáveis por conseguir informações para executar desafetos ou autoridades, além de planejar resgate de presos e atentados. 

O Setor Financeiro, como o nome sugere, toma conta do que diz respeito às atividades financeiras do PCC. Já a Sintonia Geral do Prazo administra as dívidas, vinculadas às mensalidades dos faccionados e às rifas, bem como empréstimo de quantias, armamento e veículos. 

Quem cuida da gestão do tráfico de drogas é a Sintonia Geral do Progresso, enquanto a Sintonia da Rua faz a divisão territorial da facção. Nela, são reunidas as Sintonias de várias regiões de São Paulo, e outros estados, assim como de outros países. No caso de SP, os códigos de telefonia são usados para dividir essas regiões: Campinas é 19, Bauru é 14, Vale do Paraíba é 12 e assim por diante. 

Os novos integrantes do grupo criminoso ficam sob responsabilidade da Sintonia Geral do Livro ou do Cadastro, que cuida do controle das exclusões, retornos de membros e batismos dos afilhados. Os serviços de advogados para facção são responsabilidade da Sintonia Geral dos Gravatas. 

O julgamento dos faccionados é comandado pela Sintonia dos 14, formada pelo Resumo do Quadro dos 14 (Pé Quebrado), que atua em conjunto da ‘Sintonia Final da Rua’. Além disso, eles também coordenam casos de descumprimento às normas e divergências, e aplicam sanções, que podem ser espancamento ou assassinatos de membros. Eles coordenam também assuntos estratégicos de atuação de integrantes soltos, dentro das regiões, e segundo as mesmas ordens da Sintonia da Rua.

Fonte: Redação Terra
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