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Polícia

Governo de SP anuncia força-tarefa para investigar morte de delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos

Resolução SSP 64/2024, assinada nesta segunda-feira, 11, prevê a criação do grupo para cooperar com o MP e dar resposta rápida sobre o crime

11 nov 2024 - 17h45
(atualizado às 20h33)
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Cúpula da segurança pública de SP anuncia força-tarefa para investigar crime no Aeroporto de Guarulhos.
Cúpula da segurança pública de SP anuncia força-tarefa para investigar crime no Aeroporto de Guarulhos.
Foto: Marcelo Godoy/Estadão / Estadão

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo instituiu, nesta segunda-feira, 11, uma força-tarefa para investigar a execução do delator do PCC Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. 

As informações foram repassadas pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante enrevista coletiva na sede da SSP, na tarde desta segunda. Segundo Derrite, o objetivo do grupo é cooperar diretamente com o Ministério Público e atuar para dar uma resposta rápida sobre o crime.

O chefe da pasta informou que o grupo atuará sob coordenação do secretário executivo de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves. Além de Gonçalves, participarão as seguintes autoridades no colegiado: 

  • Caetano Paulo Filho, delegado de Polícia, Diretor do DIPOL;
  • Ivalda Oliveira Aleixo, delegada de Polícia, Diretora do DHPP;
  • Pedro Luís de Souza Lopes, coronel da PM, Chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar;
  • Fábio Sérgio do Amaral, coronel PM, Corregedor da Polícia Militar;
  • Karin Kawakami de Vicente, perita Criminal de Classe Especial.

Derrite informou, também, que ação contará com a colaboração da Polícia Federal para a elaboração do inquérito. Para a força-tarefa, foi assinada a resolução SSP 64/2024. 

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos
Foto: Italo Lo Re /Estadao / Estadão

O decreto prevê que o grupo deverá responder pelo “compartilhamento de informações necessárias ao cumprimento de suas atribuições e, caso necessário, colaborando de forma complementar com autoridades federais, sem prejuízo da condução principal das investigações pelo Estado”.

A força-tarefa também fica incumbida de “informar periodicamente o secretário da Segurança Pública sobre a evolução dos trabalhos, com relatórios apresentados semanalmente e sempre que o avanço das investigações demandar atualização imediata”.

"O objetivo é, de fato, identificar, qualificar e prender esses criminosos que cometeram esse assassinato contra esse indivíduo, que foi investigado em outros inquéritos e era réu em um duplo homicídio", informou Derrite à imprensa. 

Atualmente secretário executivo da SSP, Osvaldo Nico Gonçalves passou a ficar temporariamente isento de funções administrativas e se dedicará exclusivamente à coordenação da força-tarefa, esclareceu Derrite. 

Perícia analisa veículo e armas usadas no crime 

Derrite também deu mais informações sobre o status da investigação sobre a execução no aeroporto. O secretário explicou que o veículo usado no crime foi apreendido e que os executores tomaram 'extrema cautela'. "Estavam com luvas para não deixar rastro, escondiam o rosto preocupados com a filmagem". 

"Eles não contavam que havia uma intensificação do policiamento por parte da PM, prática operacional realizada toda vez que há um crime grave. (...) As forças policiais realizavam um bloqueio e, quando os criminosos avistaram, eles não estavam mais com balaclava, luva, com os devidos cuidados de quando cometeram o crime", afirmou Derrite.  

O secretário destacou a apreensão de uma bolsa com três fuzis e uma pistola, encontrada próximo ao local onde o veículo usado pelos criminosos foi abandonado. No interior do carro, Derrite revelou que havia materiais para que o veículo fosse incendiado. 

"Isso acaba sendo positivo para a investigação porque foi feita uma perícia longa e exaustiva e material genético foi colhido nesse veículo. O armamento vai passar por perícia, os estojos, para que seja feito o exame de comparação balística", informou.  

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Como foi a execução do empresário

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. Ele era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

O ataque ocorreu por volta das 16h, e os atiradores estavam com o carro estacionado, à espera da vítima. Uma dupla de criminosos realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Gritzbach foi atingido por dez tiros de fuzil, que transfixaram seu corpo.

O delator voltava de viagem com a quando foi atacado a tiros. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos mostram Gritzbach levando uma mala de rodinhas quando é surpreendido pelos atiradores. Ele tenta fugir, é atingido pelos disparos e cai perto da faixa de pedestres. É possível ver outras pessoas correndo por causa do tiroteio.

*Com informações de Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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