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Polícia

Governo dispensa o número 2 da PRF após caso da 'câmara de gás'

Diretor-executivo e diretor de inteligência foram dispensados das funções; relação com o caso da semana passada não foi esclarecida

31 mai 2022 - 07h59
(atualizado às 08h12)
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Gás foi lançado dentro de porta-malas de viatura enquanto homem estava detido no local
Gás foi lançado dentro de porta-malas de viatura enquanto homem estava detido no local
Foto: REPRODUCAO / TWITTER @ErikakHilton / Estadão

O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, foi dispensado das suas funções nesta terça-feira, 31, conforme publicação no Diário Oficial da União, assinada pelo Ministro da Casa, Civil Ciro Nogueira. Também foi dispensado o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello.

A dispensa ocorre uma semana depois da morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, vir à tona. O homem foi posto no porta-malas de uma viatura da corporação, que foi transformada por agentes em uma "câmara de gás", em uma tentativa de contê-lo durante uma abordagem. A vítima morreu no mesmo dia após ser atendida em um hospital de Umbaúba, no sul de Sergipe. A relação entre a dispensa dos diretores e esse caso não foi esclarecida pelo governo.

Em nota, a PRF havia informado que, durante a abordagem da equipe, Genivaldo reagiu de forma agressiva e precisou ser contido com técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo. O órgão disse ainda que abriu procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos, que foram afastados.

Além da apuração aberta na esfera criminal, para acompanhar as investigações sobre a responsabilidade dos policiais pela morte de Genivaldo, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão abriu uma apuração no âmbito cível sobre 'violações aos direitos dos cidadãos e, em especial, aos direitos das pessoas com deficiência'. Segundo a família de Genivaldo, o homem sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos há 20 anos.

Estadão
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