Governo do RJ define novo comandante da Polícia Militar

O novo comandante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é o coronel José Luís Castro Menezes, do 1º Comando de Policiamento de Área (1º CPA). Ontem, Erir Ribeiro da Costa foi exonerado pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Menezes, 47 anos, está há 28 anos na corporação. Ele é casado e tem uma filha. É o responsável pelo 1º CPA, que abrange 10 batalhões das zonas sul, norte e centro da capital fluminense, onde atua desde outubro de 2011.

Recentemente, um de seus batalhões esteve envolvido na polêmica ação do Bope que deixou 10 mortos no complexo de favelas da Maré - o coronel chegou a prestar depoimento na Divisão de Homicídios (DH) sobre o caso.

Comandou também o 5º BPM (Centro), 33º BPM (Angra dos Reis) e foi chefe interino do Centro de Instrução Especializada em Armamento e Tiro. Atuou ainda como coordenador de análise criminal da PM.

“Agradeço a confiança que o secretário depositou. É grande a responsabilidade de dirigir a instituição, espero corresponder à altura à tarefa que está sendo colocada”, disse ao lado de Beltrame em entravista coletiva à imprensa.

O nome do coronel Menezes, a exemplo do que ocorreu na escolha do próprio Erir para o cargo máxima da corporação, não estava na lista de principais nomes para assumir a função. Os mais cotados eram os coronéis Ricardo Pacheco (Diretoria Geral de Ensino e Instrução - DGEI), e Paulo Henrique de Morais, atual comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora. 

Exoneração

Beltrame e Costa se reuniram por horas na segunda-feira para tratar da anistia concedida a 450 policiais que haviam sido punidos administrativamente. A decisão de anistiar as punições foi tomada na última semana pelo então comandante da PM fluminense.

"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade", disse Beltrame, que destacou o empenho do coronel Costa no período de um ano e 10 meses à frente da PM. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que comandou", afirmou o secretário.

A decisão da PM foi anistiar irregularidades administrativas de menor potencial e permitir que os policiais voltem ao trabalho de rua e fiquem aptos a promoções. No domingo, Beltrame afirmou em coletiva à imprensa que não gostou da forma como foi "colocado e comunicado" o ato do coronel Erir Ribeiro. Beltrame disse que esperava uma explicação da PM e que era preciso esclarecer para a população o que significa "delito administrativo de menor potencial".