Governo gastou R$ 6 milhões para recapturar fugitivos de Mossoró
Em média, foram gastos R$ 121 mil por dia na busca aos dois presos; eles foram recapturados nesta quinta após 50 dias
O governo federal gastou um total de R$ 6 milhões durante os 50 dias de buscas aos dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró. A média diária de gastos na ação foi de R$ 121 mil. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmadas pelo Terra.
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Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, apelidado de Tatu, foram presos na quinta-feira, 4, com mais quatro pessoas em três veículos, em uma ponte sobre o rio Tocantins, nas proximidades da cidade de Marabá, Pará. A cidade fica a aproximadamente 1.600 km de distância da penitenciária federal de Mossoró.
De acordo com informações do Ministério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi responsável por um gasto de R$ 3,3 milhões durante as operações de busca. A PRF foi seguido pela Força Nacional, com um gasto de R$ 1,4 milhão, enquanto a Polícia Federal (PF) despendeu R$ 665 mil e a Força Penal Nacional, R$ 625 mil. Os valores englobam despesas com passagens, diárias, combustíveis, manutenção e operações aéreas.
A Polícia Rodoviária Federal, que foi o órgão que mais gastou nas buscas, participou da operação que resultou na prisão dos fugitivos na rodovia próxima a Marabá.
Após a fuga, autoridades locais e federais uniram esforços em uma força-tarefa para capturar os fugitivos. O grupo contava com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado. A Força Nacional também foi mobilizada para auxiliar na operação, porém se retirou da força-tarefa em 30 de março, após 46 dias de busca.
Quem são os foragidos
Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". Ambos são naturais do Acre e estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época.
No ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre informou que Rogério e Deibson estavam entre os detentos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na ocasião, cinco prisioneiros foram assassinados.
Deibson foi detido em agosto de 2015 e também cumpriu pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele tem condenações e é acusado de envolvimento em assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio.
Já Rogério estava cumprindo pena no Acre quando foi transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são membros de uma organização criminosa e deveriam cumprir uma sentença de dois anos, até 25 de setembro de 2025.