Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

Granadas usadas por Roberto Jefferson foram reforçadas com pregos, aponta perícia

Perícia também descobriu que duas das três granadas usadas foram compradas pela PM do Rio

18 set 2023 - 11h21
(atualizado às 12h11)
Compartilhar
Exibir comentários
O ex-deputado Roberto Jefferson.
O ex-deputado Roberto Jefferson.
Foto: Reprodução/ Instagram/ Roberto Jefferson / Estadão

A perícia apontou que as granadas usadas por Roberto Jefferson durante sua prisão, em outubro de 2022, foram reforçadas por pregos. Ele as atirou contra agentes da Polícia Federal, e também utilizou com fuzis potentes, que causaram 42 perfurações nos carros das equipes. A informação foi confirmada pelo Fantástico, da TV Globo. 

O ataque ocorreu em 23 de outubro do ano passado, quando os policiais foram até a casa dele no interior do Rio de Janeiro para cumprir o mandado de prisão. O ex-deputado atirou mais de 50 vezes contra a PF, e feriu três deles, incluindo o delegado que comandava a operação. 

A perícia apontou como começaram os ataques por parte de Jefferson, denunciado por quatro tentativas de homicídio. A partir das análises dos estilhaços das granadas, foi  possível comprovar que eram de luz e som, portanto, só teriam efeito moral. No entanto, elas foram modificadas.

Conforme o laudo, é possível apontar que pedaços de pregos cortados foram colados nos explosivos com uma fita adesiva. Para verificar o estrago que os objetos poderiam causar, os peritos reconstituíram o que ocorreu, usando uma idêntica, também com pregos e fita semelhantes.

O fragmento de um dos pregos atingiu a velocidade de mais de 280 quilômetros por hora. 

"A gente calculou qual seria a energia cinética associada a essa velocidade, e se essa energia cinética ela teria condições de causar desde lesões graves até a morte. E comparando com dados que a gente encontra na literatura, sim, lançar um prego nessa velocidade, dependendo da área do corpo que ele atingir, pode causar até a morte", explica Michele Avila dos Santos, perita criminal federal.

Além disso, a perícia descobriu que duas das três granadas arremessadas por Jefferson tinham sido compradas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.

A procuradora da República, Luciana Portal Gadelha, afirmou à emissora que “todos os laudos e exames realizados comprovaram efetivamente que os 60 tiros foram na direção para os policiais federais, as granadas foram adulteradas com pregos, ampliando o poder de letalidade delas e foram também direcionadas para os policiais. O acusado com sua conduta ao mirar os policiais no mínimo assumiu o risco de produzir o resultado morte".

Em nota à TV Globo, os advogados do ex-deputado afirmaram que ele jamais teve intenção de provocar ferimentos graves nos policiais federais e que apenas buscou impedir o cumprimento de uma decisão ilegal e injusta. Além disso, a defesa disse que apenas uma granada foi modificada com pregos devido a ameaças que ele vinha sofrendo nos últimos anos.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade