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Polícia

Grande Recife sofre onda de saques durante greve da PM

15 mai 2014 - 10h44
(atualizado às 16h37)
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<p>Comerciantes fecharam as lojas na avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife</p>
Comerciantes fecharam as lojas na avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife
Foto: Philippe Alves de Lima / vc repórter

A cidade do Recife (PE), uma das sedes da Copa do Mundo, sofreu uma onda de saques durante esta quinta-feira, em meio à greve da Polícia Militar, que pede melhores salários e que se mantém apesar de ter sido declarada ilegal. Os tumultos e saques na capital pernambucana começaram no início da noite e se prolongaram durante a madrugada, com ataques de dezenas de pessoas a lojas e caminhões que transportavam alimentos, segundo confirmaram hoje as autoridades locais.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, pediu reforços da Força Nacional de Segurança a fim de garantir a ordem nas ruas, diante da decisão dos policiais de manter a greve, iniciada na noite de terça-feira. Lyra Neto afirma que conversou sobre o assunto na noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, lhe deu "toda a solidariedade" para garantir a segurança no Recife e em sua periferia.

O governador acrescentou que a chegada das tropas federais está prevista para ainda hoje e condenou a decisão dos policiais de manter seus protestos em momentos em que suas aspirações salariais são alvo de uma negociação. As tratativas, no entanto, permanecem estagnadas, já que o governo de Pernambuco ofereceu um aumento salarial de 14%, contra 50% que os sindicatos de policiais exigem.

Lyra Neto afirmou que existe uma medida cautelar ditada na mesma quarta-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça, que considera ilegais as greves de policiais e os obriga a manter pelo menos 30% do efetivo em serviço, o que no Recife, segundo o governador, não se cumpriu.

A onda de saques teve maior intensidade em Abreu e Lima, um município da periferia de Recife onde várias lojas não abriram hoje suas portas, sob o temor de novas desordens. A tensa situação no Recife coincide com uma jornada de protesto convocada para hoje por movimentos sociais que denunciam o alto gasto público na Copa e exigem maiores investimentos em educação, saúde, transporte e em outras áreas sociais.

Colaborou com esta notícia o leitor Philippe Alves de Lima, do Recife (PE), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

EFE   
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