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Polícia

Greve de agentes suspende visitas em presídios do DF

29 out 2014 - 15h23
(atualizado às 15h25)
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Visitas a unidades prisionais e escolta judicial estão suspensas no Distrito Federal devido à greve dos agentes penitenciários, que começou na manhã desta quarta-feira. Nem os advogados dos detentos estão autorizados a entrar nas carceragens. Por esse motivo, o advogado do ex-senador Luiz Estevão foi barrado no início da manhã, quando tentava visitar o cliente no Complexo Penitenciário da Papuda, de acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen), Leandro Allan Vieira. O ex-senador chegou ao local na terça-feira, transferido do presídio de Tremembé, em São Paulo.

<p>Familiares temem que situação provoque rebelião em presídios</p>
Familiares temem que situação provoque rebelião em presídios
Foto: Reprodução

Diversas pessoas aguardavam desde a noite dessa terça-feira, em frente à Papuda, o momento de visita. Ao serem informadas hoje do impedimento, algumas fecharam uma via que dá acesso ao complexo usando galhos de árvores. Os diretores das unidades prisionais do complexo conversaram com essas pessoas e disseram que a visita vai ser reposta quando a greve terminar.

Representantes do Sindpen reúnem-se ainda hoje com representantes da Secretaria de Administração Pública do DF. Os agentes reivindicam a realização de concurso público para a contratação de mais profissionais.

Segundo Leandro Allan Vieira, o efetivo total de agentes para as seis unidades prisionais do DF é aproximadamente 2,2 mil. No Complexo da Papuda, trabalham cerca de 800. O presidente do sindicato defende que, para manter o serviço com qualidade e segurança, esse número precisa dobrar.

Durante a conversa com os diretores das unidades prisionais do Complexo da Papuda, familiares de detentos diziam temer que a situação provocada pela greve pudesse gerar uma rebelião. A mãe de um preso, que não quis se identificar, disse que estaria faltando água no local.

Eles pediram ainda que os familiares não criassem tumulto na parte externa da unidade, alegando que isso poderia abalar os detentos. “Está tudo tranquilo lá dentro, não há problema em nenhum dos presídios, tem água em todos eles, tem comida. Não adianta tumultuar. Assim que acabar o movimento, nós vamos informar quando vamos repor a visita de hoje, mas não temos como dizer agora”, destacou o diretor da Penitenciário do Distrito Federal 1, Celso Wagner.

Agência Brasil Agência Brasil
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