Habeas-corpus à acusada de matar jovem na Unicamp é negado
Maria Tereza Peregrino confessou à polícia ter esfaqueado o jovem em uma festa no campus da Unicamp
O pedido de habeas-corpus à atendente de telemarketing suspeita de ter matado o universitário Denis Casagrande, 21 anos, durante uma festa no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP), foi negado pelo Tribunal de Justiça. Segundo o advogado Felipe Ferraioli, que defende Maria Tereza Peregrino, o desembargador Poças Leitão indeferiu a liminar na quarta-feira. A defesa aguarda a manifestação do Ministério Público (MP) sobre o inquérito policial e se fará denúncia à Justiça.
"Me reuni com o desembargador e ele me adiantou que ia indeferir, mas como ainda não saiu o texto do despacho, eu prefiro não adiantar o teor da conversa e os fundamentos utilizados por ele. Estamos aguardando a manifestação do juiz para ver se ele vai receber a denúncia do MP e aguardando o prazo da prisão temporária, que está por expirar", disse o advogado.
Um laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Campinas comprovou que o estudante morreu por causa de um ferimento produzido por uma perfuração de 1,5 centímetros no peito, causado por uma facada na posição transversal. O exame no corpo do jovem revela que ele foi alvo de espancamento e apresenta várias escoriações e hematomas pelo corpo.
O resultado do exame foi apresentado na terça-feira ao delegado do Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa, Rui Pegolo, que chefia a investigação do caso. Casagrande teria apanhado de outras pessoas com socos, chutes e pontapés mesmo depois de ter caído no chão.
Segundo o delegado Pegolo, agora de posse do laudo e dos depoimentos de cerca de 20 pessoas, a maior parte de testemunhas da ocorrência, o inquérito entra na fase final e pode ser concluído ainda nesta semana. Maria Tereza confessou à polícia ter esfaqueado Casagrande. Segundo ela, o estudante a teria assediado. A jovem alega legitima defesa.