Homem com quase 50 passagens criminais mata ex-companheira no Rio
Segundo a mãe da vítima, Queven da Silva e Silva já esfaqueou Sarah Pereira e prometeu matá-la
Uma jovem, de 24 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, em um apartamento no Centro do Rio de Janeiro, durante a madrugada desta terça-feira, 26. Queven da Silva e Silva já foi preso, e segundo as autoridades, tem 47 passagens por crimes, além de dez mandados de prisão em aberto. Em um vídeo gravado na Delegacia de Homicídios do Rio, o suspeito confessa o homicídio e dá detalhes da ação.
Ele afirma que desceu o morro e abordou um mototáxi que transitava pelo bairro e o obrigou a levá-lo até próximo da residência onde Sarah Pereira morava com a mãe, a irmã e os dois filhos que tem com o suspeito.
"Eu enquadrei ele, coloquei a pistola nas costas dele [...]. Ele me levou, tomei a chave dele, para ele não sair. Dei um tiro no portão, subi, dei outro tiro na porta. Entrei dentro do quarto, meu filho e minha filha deitados, o cara lá pelado, e ela tinha corrido para o quarto da irmã dela. Pedi para a irmã dela sair, e matei ela", diz Queven.
Ao ser questionado por um agente quantos tiros havia dado, o suspeito não soube precisar. Queven Silva disse apenas que foram "muitos".
Logo após o crime, ele fugiu, mas foi preso ainda na manhã desta terça-feira. Segundo a Polícia Militar, uma equipe deteve o rapaz durante patrulhamento em Santa Teresa. Ele foi abordado por estar amarrado nas proximidades das ruas Almirante Alexandrino e Áurea, supostamente por criminosos do Morro dos Prazeres.
Conforme informou o Estadão, Beatriz, mãe de Sarah, contou que Silva já havia agredido e ameaçado a vítima outras vezes. A mais recente teria sido uma facada no pescoço da jovem, que chegou a ser internada, mas não denunciou o homem à polícia. Em chamada de vídeo dias atrás, ele teria anunciado que mataria a ex-mulher.
Queven Silva tinha 47 passagens pela polícia por crimes como homicídio, roubo e tráfico de drogas, e dez ordens de prisão. Ele era considerado foragido desde 2016. A mãe de Sarah disse que imaginava que o crime aconteceria.
"Eu sempre falava, mas hoje em dia ninguém escuta ninguém. Ela tinha terminado, não queria mais nada com ele. Cadeia é pouco para ele", desabafou.