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Polícia

Homem é morto com golpe de faca na frente da esposa e filha em São Paulo; vizinha é suspeita

Eduardo Paiva Batista foi atingido por um golpe na região do pescoço, foi socorrido, mas não resistiu

23 mar 2023 - 23h00
(atualizado às 23h01)
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Eduardo Paiva Batista foi morto na frente da esposa e da filha
Eduardo Paiva Batista foi morto na frente da esposa e da filha
Foto: Arquivo Pessoal

Um homem de 39 anos foi morto, na madrugada da última terça-feira, 21, na frente da esposa e da filha de 3 meses, em São Paulo. O caso ocorreu após um desentendimento com vizinhos do casal.

A suspeita é uma mulher de 24 anos, que mora no mesmo prédio, e esfaqueou Eduardo Paiva Batista. Ela fugiu junto do irmão, que estava presente no momento do crime, e ainda não foi localizada. A Polícia Civil investiga o caso.

Ao Terra, a esposa do técnico em eletrônica, Samantha de Carvalho Firmino, contou que, naquela noite, o marido chegou em casa e viu uma bituca de cigarro na varanda do apartamento, no 1º andar de um condomínio residencial na Rua do Glicério, na Liberdade, na área central da capital paulista, e chegou a comentar que poderia ter sido algum vizinho, que se mudou recentemente.

Em seguida, ela comentou com Eduardo que o aplicativo do banco notificou que o cartão de crédito havia chegado, no entanto, o item não tinha sido recebido por ela. Então, a vítima decidiu perguntar aos vizinhos, inclusive alguns que haviam se mudado recentemente, mas que ela não conhecia.

Como ninguém disse que recebeu o cartão, ele voltou ao apartamento. Por volta de 1h30 da manhã, a família ouviu uma mulher gritando alguns nomes, na frente do portão do prédio. "Fiquei nervosa, não ia abrir porque eu não conheço. E falei: 'Dá para você parar de gritar na frente da minha janela? Eu tenho uma bebê pequena, ela está dormindo'. Ela falou: 'Moça, abre o portão para mim, eu preciso entrar, sou moradora nova, eu moro no andar de cima, mudei ontem'", relembra.

A mulher ainda teria dito que morava com a irmã, que não estava atendendo o telefone. A moça chegou até a dizer que poderia contatar o dono do apartamento para confirmar o que ela havia dito. Diante da situação, Samantha pediu para que Eduardo abrisse o portão para a moradora entrar. "Ele desceu, abriu o portão para ela, eu a vi subir, ela agradeceu, e meu marido subiu logo em seguida”, explica.

Confusão

Por volta das 5h, bateram na porta do casal, que acordou assustado. Após perguntar quem estava ali, duas pessoas, sendo um homem e uma mulher, disseram que Eduardo havia “tirado a irmã deles”. Eles abriram a porta na tentativa de esclarecer o ocorrido.

"Meu marido falou que ninguém tinha tirado ninguém, que só tinha ajudado a irmã deles, porque ela pediu para abrirem o portão, estava com medo de ser assaltada, na rua e sem chave", afirma a esposa da vítima. O casal explicou mais uma vez que, no início, não queria abrir pelo fato de não conhecer a moça, mas que depois, acabou abrindo. 

Os irmãos ainda chegaram a contestar o que os dois falaram, e, pouco depois, a mulher tirou uma faca e golpeou Eduardo na região do pescoço. "Foi uma questão de três minutos [a conversa e o golpe]. Ela já tirou uma faca bem rapidamente. [...] Acertou ele com uma facada fatal", relembra.

Nesse momento, Eduardo entrou em seu apartamento, já sangrando, e Samantha fechou a porta com medo de novos golpes. “Porque eu pensei: quem dá uma facada, dá duas, e três'”, afirma. Em seguida, ela ligou para a Polícia Militar e pediu socorro. O técnico foi encaminhado para o Pronto Socorro do Ipiranga, mas não resistiu.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar tentou localizar a suspeita, bem como o irmão que presenciou o crime, além da outra irmã, que gritou para que abrissem o portão, mas os três já tinham fugido.

Samantha lamenta a perda do marido e pede Justiça. “A nossa família perdeu um pai, um amigo. Eu perdi meu companheiro, a mãe perdeu um filho. Ele era um cara maravilhoso, um ótimo pai, um marido incrível que me tratava muito bem, como uma rainha. Fazia de tudo para fazer a família feliz, sempre foi trabalhador. Ele tá fazendo falta, fazia toda a diferença na nossa família. É uma perda irreparável. Minha filha presenciou tudo o que aconteceu, o pai dela morrendo. Eu perdi o meu amor, o meu companheiro, a troco de nada. Sem motivo nenhum. É totalmente insano, isso é uma maldade, uma crueldade, uma covardia”, finaliza indignada.

O Terra pediu um posicionamento da Polícia Civil sobre o caso, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve nenhum retorno. O homicídio foi registrado no 8º DP de São Paulo (Brás). 

Fonte: Redação Terra
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