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Polícia

Imóvel do Minha Casa Minha Vida vira boca de fumo em Manaus

Casal beneficiário do Bolsa Família traficava drogas dentro de apartamento concedido pelo governo federal. Ação acontecia em frente aos filhos dos dois, que foram presos

9 set 2014 - 15h38
(atualizado às 15h48)
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<p>"Encontramos quase dois quilos de droga sendo embalada. Tinha cocaína e oxi", disse a Polícia Militar</p>
"Encontramos quase dois quilos de droga sendo embalada. Tinha cocaína e oxi", disse a Polícia Militar
Foto: Márcio Azevedo / Terra

A polícia prendeu, no início da tarde dessa terça-feira, um casal que usava um apartamento do programa habitacional "Minha Casa Minha Vida", em Manaus, como boca de fumo. O casal, que também é beneficiário dos programas assistenciais "Bolsa Família" e "Minha Casa Melhor", do governo federal, armazenava quase dois quilos de cocaína e oxi no local. Segundo a polícia, a comercialização era feita na frente dos dois filhos menores do casal. Outras duas pessoas também foram detidas na abordagem policial.

Rafaela da Silva Castro, 23 anos, e Melquisedeque dos Santos Castro, 27 anos, foram denunciados por vizinhos. No final da manhã de hoje, uma equipe da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado - formada por policiais civis e militares à paisana - foi até o apartamento, localizado na rua Araraboia, no conjunto Viver Melhor, no bairro de Santa Etelvina, na zona norte da capital amazonense. Assim que entraram no local, os policiais perceberam um forte odor de droga. "As duas mulheres e o rapazinho estavam embalando a droga e o outro, o Melque (Melquisedeque), estava no outro cômodo", contou o major da PM Klinger Paiva.

Segundo a polícia, os dois filhos do casal permaneciam no mesmo ambiente onde a droga era embalada para a venda na área do conjunto Viver Melhor. Além de Rafaela e Melquisedeque, estavam no apartamento e foram detidos a estudante Taynara de Oliveira Fernandes, 18 anos, e um adolescente de 15 anos. "Encontramos quase dois quilos de droga sendo embalada. Tinha cocaína e oxi. Também encontramos vários objetos que eles dizem terem sido comprados com o cartão do programa federal 'Minha Casa Melhor', mas eles vão ter que provar que os equipamentos eletrônicos no apartamento também não são frutos do tráfico de drogas", relatou Paiva.

Na área externa do apartamento, a polícia desmontou um sistema de câmeras usado pelos suspeitos para monitorar a comercialização de drogas no local e, principalmente, a ação da polícia.

Na delegacia, Rafaela e Melquisedeque contaram que ganharam o apartamento do programa "Minha Casa Minha Vida", em fevereiro desse ano. Ela garantiu ser beneficiária do programa assistencial "Minha Casa Melhor" e que tem um dos filhos inscritos no "Bolsa Família". "Esse dinheiro é só para as crianças. Não é usado para droga, nem nada. Na verdade, eu nem sabia que meu marido mexia com isso", disse a jovem em prantos contestando a versão dos policiais, de que ela estivesse embalando droga quando eles invadiram o apartamento. "A droga estava escondida. Minha mulher nem sabia disso", contestou também o outro suspeito preso, Melquisedeque Castro.

Os suspeitos e o material apreendido foram levados para o 26º Distrito Integrado de Polícia (DIP) no mesmo bairro do conjunto habitacional onde foi feito o flagrante. Os suspeitos foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. "Infelizmente, as denúncias que levaram as equipes da SSP ao local são claras na participação de todas as pessoas encontradas no apartamento. Por isso ninguém aqui vai ser liberado. Todos serão autuados em flagrante. O menor será encaminhado à delegacia do menor infrator para procedimentos", afirmou o delegado Walter Cabral, titular do 26º DIP.

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Fonte: Especial para Terra
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