Influencer é presa por ser cúmplice de namorado em assassinato em GO
Crime foi motivado por cobrança de dívida com dono de distribuidora de drogas
A influenciadora digital Yeda Freitas, de 30 anos, foi presa por ser cúmplice de um assassinato feito pelo namorado, Antônio Luiz de Souza, de 26 anos. O casal é responsável pela morte de Douglas Henrique Silva, a quem Antônio devia dinheiro pela compra de uma central de distribuição de cocaína, em Goiânia.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), cumpriu quatro mandados de prisão no dia 4 de maio contra envolvidos no crime. O homicídio aconteceu em 14 de março de 2022, na Rua Anchova, no bairro Jardim Atlântico.
As investigações apontaram que Douglas era traficante de drogas, mas decidiu dar uma pausa na atividade ilegal para cuidar do filho, já que a mãe da criança faleceu. Por isso, ele vendeu sua parte em uma "empresa" que era destinada à venda de cocaína a Antônio.
Antônio deveria fazer pagamentos semanais a Douglas de, aproximadamente, R$ 6.000. Por certo período, o comprador pagava os valores de contas bancárias de parentes para a conta da mãe da vítima. No entanto, com o passar do tempo, os pagamentos ficaram atrasados, e por isso Douglas passou a cobrar Antônio. Pressionado, o criminoso armou uma emboscada para matar o credor.
A polícia informou ainda que o assassino teria tido ajuda da namorada, Yeda, tanto na execução do crime quanto na fuga, além de dois outros comparsas, que também foram presos. Outros dois envolvidos ainda estão foragidos.
Segundo o delegado Carlos Alfama, Yeda teria acompanhado o namorado no dia em que ele buscou o carro para executar a vítima. Ela também teria participado da operacionalização financeira do tráfico de cocaína e da lavagem de dinheiro proveniente da organização criminosa comandada pelo companheiro.
A defesa de Yeda e Antônio não foi localizada para um posicionamento.
A prisão temporária de Yeda, Antônio e dos outros envolvidos foi decretada pela Jutiça nesta quinta-feira, 18. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia. O juiz também determinou a apreensão dos celulares dos investigados.