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Polícia

Julgamento de Farah Jorge Farah começa nesta segunda em SP

12 mai 2014 - 08h22
(atualizado em 14/5/2014 às 09h43)
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Cirurgião é julgado pela morte da amante em 2003
Cirurgião é julgado pela morte da amante em 2003
Foto: André Lucas / Futura Press

Começa nesta segunda-feira, em São Paulo, o julgamento do ex-cirurgião plástico Farah Jorge Farah, acusado de matar e esquartejar a amante em 2003, na zona norte da capital paulista. O julgamento pela morte de Maria do Carmo Alves deve ocorrer após ter sido adiado por cinco vezes. 

O início do júri foi marcado para 9h30 de hoje, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste. 

O caso deveria ter sido julgado em março, mas o Segundo o advogado do médico, Odel Antun, pediu por mais um adiamento. O atraso ocorreu por falha no processo de convocação das testemunhas. "O Ministério Público e a defesa arrolaram oito testemunhas cada um, mas na sexta-feira antes do Carnaval cinco testemunhas de defesa não tinham sido intimadas ainda. Fizemos uma petição ao juiz para que, em vez de instalar a sessão na segunda-feira para decidir pelo adiamento, adiar a sessão automaticamente", afirmou o advogado na ocasião.  

Condenado em 2008 a 13 anos de prisão, Farah será julgado novamente depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou pedido de sua defesa, em janeiro do ano passado, alegando que laudos oficiais que atestavam o estado semi-imputável do réu na época do crime foram ignorados pelos jurados. De acordo com a tese da defesa, no momento do crime o cirurgião não tinha compreensão total de sua conduta.  

Réu confesso do crime, o cirurgião não nega ter assassinado Maria. Sua defesa, porém, diz que, em março de 2002, a vítima ligou 3.708 vezes para o cirurgião, o que o teria efeito agir sob pressão. A defesa de Farah disse também que a mulher o ameaçava e, no dia do crime, o teria atacado com uma faca.  

A defesa sustentou que Farah não premeditou o crime e que ele foi perseguido durante cinco anos pela vítima. Durante o julgamento, o acusado disse que se lembra apenas de uma luta corporal com a vítima.

Após a briga, Maria do Carmo teria sido esfaqueada no pescoço e, com o ferimento, morrido dentro do próprio consultório. Farah então teria deixado o local, ido para o seu apartamento, e voltado quatro horas depois.

Utilizando os seus conhecimentos de médico e instrumentos cirúrgicos do próprio consultório, ele teria dissecado o corpo da mulher, retirando o sangue e seus órgãos vitais. Em seguida, teria cortado o corpo de Maria do Carmo em nove pedaços. Os relatos mostram também que ele retirou a pele das pontas dos dedos da mulher e destruiu as partes que pudessem levar a uma identificação. 

A mulher foi morta e esquartejada no consultório do ex-cirurgião em Santana, na zona norte de São Paulo. O crime ocorreu em 24 de janeiro de 2003, mas partes do corpo de Maria do Carmo só foram achadas pela polícia três dias depois.

Farah ficou preso por quatro anos até que, em maio de 2007, a Justiça o autorizou a esperar pelo julgamento em liberdade. Desde 2006, o cirurgião está proibido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) de exercer a profissão. 

Fonte: Terra
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